quinta-feira, 11 de abril de 2019

Ex-presidente do BNDES nega interferência de Lula em operações do banco


Ex-presidente do BNDES Demian Fiocca negou que o ex-presidente Lula ou algum de seus ministros tenha realizado qualquer tipo de intervenção nas ações da instituição enquanto esteve à frente do banco; "Não houve nenhuma interferência do ex-presidente Lula, José Dirceu, Guido Mantega ou Antonio Palocci", afirmou; Fiocca depôs nesta quarta-feira (10) à CPI que deverá investigar a suspeita de irregularidades em contratos internacionais firmados pelo BNDES entre 2013 e 2015
247 - O ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Demian Fiocca negou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou algum de seus ministros tenha realizado qualquer tipo de intervenção nas ações da instituição enquanto esteve á frente do banco. Fiocca depôs nesta quarta-feira (10) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que deverá investigar a suspeita de irregularidades em contratos internacionais firmados pelo BNDES entre 2013 e 2015. "Não houve nenhuma interferência do ex-presidente Lula, José Dirceu, Guido Mantega ou Antonio Palocci", afirmou Fiocca.
"A última palavra é dada pela sua diretoria. A governança do BNDES estabelece normas para um encaminhamento. Um diretor não pode autorizar sozinho um empréstimo. A diretoria coletiva responde de forma coletiva", explicou. "Na minha gestão no BNDES, vi um processo republicano e técnico. Não houve interferência no sentido de 'faça tal investimento de determinada maneira'", ressaltou Fiocca ao ser questionado se tinha conhecimento de algum esquema de corrupção envolvendo o BNDES.
Segundo reportagem do Valor Econômico, Fiocca também foi questionado sobre a concessão de financiamentos à Cuba e Venezuela, que estão com pagamentos atrasados de cerca de R$ 2 bilhões. "O nível de inadimplência na minha época era muito baixo", observou o ex-executivo. "A Presidência não se envolvida em avaliação de risco. Há um comitê de crédito que tem uma análise mais técnica. Chamava-se Comitê de Enquadramento de Operações, no qual na qual o superintendente de crédito expunha a conclusão dele (para deliberação dos demais integrantes do grupo], assegurou.
Ainda segundo Fiocca, o BNDES não deixou de financiar "nenhuma obra de infraestrutura" no Brasil por falta de fundos no período em que esteve à frente da instituição. "Não houve nenhuma obra de infraestrutura que não saiu porque o BNDES não tinha funding. (O banco) precisa de alguém que banque a obra. No caso da infraestrutura brasileira, o gargalo não é ausência de financiamento do BNDES. O banco financiou tudo aquilo que poderia financiar no Brasil", disse.




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