Fatos revelados nas eleições de 2016 levaram o MP
(Ministério Público) a propor um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o
secretário estadual de Saúde do governo Ratinho Junior (PSD) e ex-prefeito de
Apucarana, Carlos Alberto Gebrin, o Beto Preto, e com a ex-secretária municipal
de Assistência Social e vereadora na cidade Marcia Souza (PSD). Ambos
respondiam como réus em ação civil pública por improbidade administrativa e
assinaram documento no qual se comprometem a pagar multa.
(Foto: Prefeitura de Apucarana/Divulgação) |
Para
Beto Preto foi estipulada a quantia de R$ 47.025,21, e Souza terá que devolver
aos cofres do município R$ 72.568,71. A vereadora também fica proibida de
contratar com o poder público e assumir cargo em comissão. Segundo o MP, com a
anuência do ex-prefeito a então secretária utilizou a estrutura da pasta nas
eleições municipais. Ou seja, servidores comissionados foram instigados a tirar
férias ao mesmo tempo no período eleitoral para fazer campanhas para os dois
agentes públicos, mas principalmente para elegê-la vereadora, causando prejuízo
no atendimento da população carente.
Segundo
o promotor de Apucarana Eduardo Augusto Cabrini, o TAC ainda precisa ser
apreciado pelo Conselho Superior do Ministério Público e em seguida passa pelo
aval do juiz para ser homologado na ação civil. “Nas ações de improbidade, em
que não há prática de crime, o TAC é uma opção para dar uma reposta mais rápida
ao caso em concreto e garantir o ressarcimento”, disse
Ainda
de acordo com Cabrini, a multa era umas das sanções impostas na ação de improbidade.
“Quando os envolvidos aceitam, por meio da TAC, cumprir pelo menos uma das
penalidades previstas em ações civis, conseguimos ter a possibilidade de
resolução rápida do caso. Não houve dano ao erário, apenas quebra de princípios
da administração pública” justificou.
Procurado pela FOLHA, o
secretário estadual de Saúde, Beto Preto, disse que sempre agiu dentro da lei e
que não houve algo ilícito no processo eleitoral. “Eu fui reeleito em Apucarana
com 86%, reduzi drasticamente o número de comissionados, saí do mandato sem
ações de improbidade.” Beto Preto classificou o processo como “jogo da política
local”. “Como eu tive o convite do governador para assumir a pasta da Saúde
queria resolver de uma vez esta questão, por isso assinei o TAC para que este
processo não se arrastasse ainda mais.” A vereadora de Apucarana não quis
conceder entrevista à FOLHA.
Fonte: Folha de
Londrina
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