Ex-ministro da Educação comparou o então juiz Sergio Moro a
um árbitro de futebol, que tomou partido na sua função de magistrado e
reafirmou que Moro condenou Lula injustamente; “Moro transformou o
julgamento de Lula em uma questão pessoal, e não de direito. Um juiz não pode
tomar partido, não pode ter filiação partidária. Vocês aceitariam ir para um
campo de futebol e ver o juiz torcer por um dos times?”
Rede Brasil Atual - “Moro veste
a camisa do Bolsonaro, e Justiça não pode ter torcida”, afirmou hoje (6) o
ex-ministro da Educação e ex-candidato à Presidência Fernando Haddad, ao participar
de ato pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em
Florianópolis. Na manhã deste sábado, a Caravana Lula Livre pelo Sul, que
saiu ontem de Porto Alegre, levou milhares de pessoas para um grande ato
realizado no centro da capital catarinense.
Haddad comparou o então juiz Sergio Moro, hoje
ministro, a um árbitro de futebol, que tomou partido na sua função de
magistrado. E denunciou que Moro condenou Lula injustamente, e que, inclusive,
não era de sua competência julgar o processo contra o ex-presidente, uma vez
que o objeto não tinha nada a ver com a Petrobras.
“Moro transformou o julgamento de Lula em uma
questão pessoal, e não de direito. Um juiz não pode tomar partido, não pode ter
filiação partidária. Vocês aceitariam ir para um campo de futebol e ver o juiz
torcer por um dos times?”, indagou. E foi além: “Moro veste a camisa do
Bolsonaro, e Justiça não pode ter torcida”, argumentou o ex-ministro da
Educação.
Para Haddad, é preciso ainda resgatar a
credibilidade das instituições, dos tribunais superiores, e do poder Executivo.
“O prejuízo causado é inestimável, mas temos futuro pela frente, filhos, netos.
Nossa tarefa é voltar a nos encontrar nas praças, com as pessoas, pois ficamos
muito tempo no Twitter e no Facebook. Precisamos manter diálogo com a
população, face a face, tocar o coração das pessoas”, recomendou.
Haddad disse que existe “uma consciência maior de
que se cometeu uma injustiça grave ao presidente Lula, que deve ser reparada
pelos tribunais superiores do Brasil”, ao se referir especialmente ao Superior
Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Para Haddad, Bolsonaro também reconhece sua própria
incompetência para liderar o país. “Passou vergonha em três viagens
internacionais. Temos vergonha do que ele faz lá fora. É melhor ele ficar por
aqui, porque Bolsonaro não nos representa nem aqui, nem no exterior”, frisou o
petista.
Também no ato em Florianópolis, o deputado Paulo
Pimenta (PT-RS) lembrou que há um ano ele estava no Sindicato dos Metalúrgicos do
ABC, em São Bernardo do Campo, junto com o ex-presidente Lula, às vésperas de
ele ser “sequestrado de maneira criminosa pelo juiz Sergio Moro e pelos golden boys(procuradores da Lava Jato)”.
Pimenta ainda recordou que cada vez que falava com
Lula, o ex-presidente repetia: “Se alguma coisa acontecer comigo eu preciso
percorrer o Brasil pelas pernas de vocês, e é preciso que nossa militância
continue conversando com povo brasileiro”. O líder petista enfatizou que
neste domingo (7), em Curitiba, todos devem transmitir para o ex-presidente
“aquilo que cada um tem de melhor" Pimenta pediu que todos se mantenham
mobilizados até “Lula estar conosco novamente”.
A Caravana Lula Livre com Haddad segue agora para
Curitiba, onde se realiza seu ato de encerramento neste domingo, dia em que a
prisão política do ex-presidente completa um ano.
O ato está marcado para as 10h e terá a presença de
caravanas vindas de todo o País – muitas delas já presentes na capital
paranaense. A programação se estenderá até o final da tarde, com uma série
de atividades artísticas e religiosas.
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