Fernando Bittar, dono do sítio que era frequentado pelo
ex-presidente Lula em Atibaia (SP), pediu à Justiça Federal para vender o
imóvel; o pedido reforça os argumentos da defesa do ex-presidente e
desmontam a tese dos procuradores da Lava Jato que acusavam Lula de ser o dono
da propriedade
247 - O dono do
sítio de Atibaia, Fernando Bittar, apresentou pedido nesta segunda-feira (22),
ao juiz Luiz Bonnat, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, para vender
a propriedade. O ex-presidente Lula foi condenado em fevereiro pela Justiça Federal
a 12 anos e 11 meses por corrupção e lavagem de dinheiro no processo da Lava
Jato que dizia que ele era o dono do sítio.
O pedido reforça os argumentos
apresentados pela defesa do ex-presidente de que Lula não é dono do sítio, como
argumentou os procuradores da Lava Jato. O então juiz Sérgio Moro chegou a
dizer se Lula é ou não proprietário "não importa".
A condenação de Lula foi feita pela juíza
Gabriela Hardt, substituta de Moro, numa sentença que foi desmoralizada por ser
um literal copia e cola das acusações do caso "triplex do
Guarujá", com trechos inteiros da sentença de Moro, incluindo as
inconsistências.
Lula nunca negou frequentar o sítio dos
amigos, que o convidaram para fazer isso, no que tinham pleno direito como
donos do sítio, de convidar quem eles quisessem.
A acusação era de que Lula foi beneficiado
por supostas obras feitas pela Odebrecht no imóvel,
configurando lavagem de dinheiro. No entanto, se o imóvel é de
Fernando Bittar, o ex-presidente não é beneficiário das reformas, mesmo que tenha
frequentado o local.
Os advogados de Bittar informam que
"não mais frequenta o sítio, tendo interesse em sua venda imediata".
E pede que "seja determinada a avaliação judicial" do sítio e sua
posterior venda.
"A realização da venda nesses termos
(com o depósito em Juízo do valor) cumpre, com muito mais efetividade, o
propósito de confiscar os supostos produtos dos delitos, correspondentes aos
valores gastos nas reformas", afirma o advogado Alberto Toron.
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