Segundo o Comando Militar do Leste (CML), eles foram presos
em flagrante por descumprimento das regras de engajamento; de acordo com o CML,
foram constatadas inconsistências entre os fatos inicialmente reportados pelos
militares envolvidos e as informações que chegaram posteriormente ao
Exército; o homem que morreu é Evaldo dos Santos Rosa, 51 anos, que
trabalhava como músico
Por Vitor Abdala, repórter
da Agência Brasil - O Exército determinou hoje (8), no Rio de
Janeiro, a prisão de dez dos 12 militares que estavam na guarnição envolvida em
disparos contra um carro ontem na zona oeste do Rio, que terminou com um morto
e dois feridos.
Segundo o Comando Militar do Leste (CML),
eles foram presos em flagrante por descumprimento das regras de engajamento.
De acordo com o CML, foram constatadas
inconsistências entre os fatos inicialmente reportados pelos militares
envolvidos e as informações que chegaram posteriormente ao Exército.
As prisões foram determinadas depois de
depoimentos dos militares envolvidos no episódio à Delegacia de Polícia
Judiciária Militar e ao Ministério Público Militar.
Inicialmente, o CML informou que a
guarnição circulava pelo bairro de Guadalupe quando se deparou com um assalto e
foi atacada por criminosos. E que, por causa disso, atirou contra os
assaltantes. Segundo essa primeira nota divulgada na tarde de ontem pelo
Exército, o homem que morreu e o que ficou ferido eram assaltantes.
Uma terceira pessoa, um pedestre, foi
atingido durante o tiroteio, segundo ainda a primeira nota do Exército.
A Polícia Civil, no entanto, depois de
fazer uma perícia no local, informou que não havia assaltantes no carro e que
as duas vítimas eram integrantes de uma família que estava no veículo. O homem
que morreu foi identificado como Evaldo dos Santos Rosa e o ferido que estava
no carro seria seu sogro. Evaldo tinha 51 anos e era músico.
Além deles, estavam no carro a mulher de
Evaldo e uma criança, que não ficaram feridas.
De acordo com a última nota divulgada pelo
CML, os militares presos estão à disposição da Justiça Militar, que realizará a
audiência de custódia e decidirá se manterá ou não a prisão.
"O Exército Brasileiro reitera seu
estrito compromisso com a transparência e com os parâmetros legais impostos
pelo Estado de Direito ao uso legítimo da força por seus membros, repudiando
veementemente excessos ou abusos que venham a ser cometidos quando do exercício
das suas atividades", finaliza a nota.
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