A desembargadora Marília Castro Neves, que espalhou fake news
contra Marielle Franco dias após sua morte e também responde no CNJ por ter
defendido a morte de Guilherme Boulos tomou decisões que impediram a Prefeitura
do Rio de demolir quatro prédios no mesmo condomínio onde dois edifícios
desabaram nesta sexta-feira 12, matando sete pessoas;
247 - A desembargadora Marília Castro Neves, alvo de
denúncias no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e no Superior Tribunal de
Justiça (STJ) por suas postagens ofensivas e criminosas nas redes
sociais, tomou decisões que impediram a demolição de quatro prédios no
mesmo condomínio onde dois edifícios desabaram nesta sexta-feira 12 na
comunidade Muzema, Zona Oeste do Rio, matando sete pessoas. Os prédios eram
dominados por milícias.
A juíza compartilhou
mentiras sobre Marielle Franco dias após a morte da vereadora
por milicianos, responde no CNJ por ter incitado
a morte do líder do MTST, Guilherme Boulos, e também já defender um
"paredão de fuzilamento" para o ex-deputado Jean Wyllys, caso
pela qual é alvo no STJ. Neste ano, ela fez
piada com a presença de Boulos no velório do neto do
ex-presidente Lula, Arthur.
Uma das decisões sobre os prédios foi
tomada dois dias antes do desabamento. Os desembargadores da 20ª Câmara
Cível do Tribunal de Justiça do Rio decidiram por unanimidade na quarta-feira
10 manter a liminar que impedia a prefeitura do Rio de demolir um desses
imóveis. No caso dos dois prédios que caíram, os imóveis estavam apenas embargados.
Os prédios são dominados por milícias.
Em um dos processos de demolição, a
prefeitura briga na Justiça desde 2 de dezembro de 2018, quando 16 moradores
recorreram ao plantão do Judiciário para suspender o processo, segundo reportagem
do Globo.
A desembargadora Marília Castro Neves
relatou o recurso e argumentou, para negar a demolição, que a própria
prefeitura concedeu um alvará para que uma loja de material de construção de
médio porte funcionasse no térreo do imóvel. Ela disse ainda que o ato de
demolição, por ser irreversível, causaria danos irreparáveis para os
proprietários dos apartamentos.
Os dois prédios que desabaram chegaram a
ser interditados duas vezes a pedido da prefeitura, uma em novembro de 2018,
pela Secretaria Municipal de Urbanismo, e em fevereiro deste ano, pela Defesa
Civil Municipal. O condomínio Figueiras já foi notificado várias vezes nos
últimos 14 anos.
No Twitter, Boulos lembrou que se tratava
da mesma desembargadora que defendeu sua morte, mas fez referência aos dois
prédios que desabaram, informação que foi corrigida pelo Globo posteriormente,
alertando que as liminares eram referentes a outros imóveis do mesmo
condomínio. Todos, porém, são dominados por milicianos.
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