(Foto: Franklin de Freitas) |
SÃO PAULO, SP
(FOLHAPRESS) - A Abam (Associação Brasileira de Caminhoneiros) e a CNTA
(Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) afirmaram em
notas que o pacote de medidas anunciado pelo governo de Jair Bolsonaro
(PSL) para os caminhoneiros não atende às principais demandas da categoria, que
são a queda do preço do óleo diesel e a fiscalização nas estadas do cumprimento
da tabela do frete.
De acordo com a CNTA, a alta de R$ 0,10
por litro de combustível, que entrou nesta em vigor nesta
quinta, "aumentou ainda mais a tensão instalada na categoria.
Segundo a nota, os caminhoneiros carregam
desde o "ano passado a frustração de não ter a lei do piso mínimo do frete
cumprida".
A confederação diz ter feito um
levantamento com 140 sindicatos, nove federações e uma associação colaborativa,
para confirmar o posicionamento dos caminhoneiros.
"A entidade identificou que o anúncio
reacendeu uma insatisfação generalizada na categoria, que está impaciente à
espera de uma resposta do Governo", diz a nota divulgada nesta quinta
(18).
A Abcam afirma que o aumento no preço do
combustível gera um impacto nos custos e na previsibilidade do valor dos fretes
e, por isso, os motoristas estão "enfurecidos".
"É grande o número de queixas
recebidas pela Abcam, tanto por telefone, quanto em suas redes sociais",
segundo nota.
A associação, porém, afirma que não é
possível afirmar que a categoria está se organizando para uma nova
paralisação.
Na noite de quarta, líderes caminhoneiros
já articulavam uma nova paralisação para o dia 29 de abril.
REUNIÃO
A CNTA também afirmou
que terá uma reunião com o ministro Tarcísio de Freitas,
da Infraestrutura, na próxima segunda-feira (22).
Na noite de quarta (17), o ministro já
havia se reunido com caminhoneiros liderados por Wallace Landim, o Chorão, e
prometido mais ação do governo em relação à fiscalização nas estradas.
"O piso vai fazer com que o
diesel deixe de ser uma preocupação. Aumentou o diesel, a gente aumenta o piso.
A gente vai transplantar o aumento do diesel para a tabela. Isso vai fazer com
que o caminhoneiro não perca dinheiro com os transportes", disse.
Os caminhoneiros, porém,
estão divididos e muitos têm posto em dúvida a legitimidade dos
representantes escolhidos para falar com o governo.
Parte de um grupo de líderes de caminhoneiros,
Wanderlei Alves, o Dedéco, afirma que haverá nova paralisação e diz que as
manifestações devem começar no dia 29 de abril.
Fonte:
Bem Paraná
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