O governo federal anunciou, nesta terça-feira (16), uma série
de medidas para tentar evitar uma nova paralisação nacional da categoria; serão
destinados até R$ 30 mil para cada caminhoneiro autônomo por meio de
instituições como Banco do Brasil e Caixa; no entanto, motoristas de caminhão
que participaram da paralisação de 2018 criticaram as medidas, classificando-as
como "esmolas" do governo Bolsonaro
247 - O governo
federal anunciou, nesta terça-feira (16), uma série de medidas para tentar
evitar uma nova paralisação nacional da categoria. Entre elas, estão R$ 2
bilhões em obras nas estradas e o lançamento de uma linha de crédito para
caminhoneiros autônomos, pelo BNDES, que chegará a R$ 500 milhões. Serão
destinados até R$ 30 mil para cada caminhoneiro autônomo por meio de
instituições como Banco do Brasil e Caixa. No entanto, motoristas de caminhão
que participaram da paralisação de 2018 criticaram as medidas, como aponta a reportagem do
jornal Folha de S.Paulo.
"Nada do que o ministro da
Infraestrutura anunciou nos ajuda. É um avanço conseguir pegar dinheiro no
BNDES a baixo custo? É. Mas hoje, mais da metade dos caminhoneiros estão com o
nome sujo no Serasa. Nós vamos conseguir pegar esse crédito?", questiona
Wanderlei Dias, o Dedéco, de Curitiba (PR).
Ele diz que não representa toda a classe.
"Eu tenho os caminhoneiros que estão comigo. E faço parte de um grupo com
outros amigos, que têm outros caminhoneiros com eles. Isso faz uma rede de mais
de um milhão de caminhoneiros".
Segundo Dias, os motoristas não estão
conseguindo pagar as parcelas dos caminhões e por isso estão com o nome sujo.
Ariovaldo Junior Almeida, diretor do
Sindicato dos Caminhoneiros de Ourinhos, interior de São Paulo, chamou de
"esmola" o crédito oferecido.
"É melhor do que nada, mas é esmola.
Trinta mil reais não dá para 15 pneus", aponta.
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