Ministro Alexandre de Moraes, do STF, suspendeu nesta sexta-feira (15) todos os efeitos entre a força-tarefa da Lava Jato com a Petrobrás e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que previa a criação de uma fundação com R$ 2,5 bilhões recuperados da Petrobras; Moraes disse que os procuradores, liderados por Deltan Dallagnol, "exorbitaram das atribuições que a Constituição Federal delimitou" para o Ministério Público e determinou o bloqueio de todos os valores que foram depositados na conta da 13ª Vara Federal de Curitiba
247 - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal, suspendeu nesta sexta-feira (15) todos os efeitos do acordo celebrado
entre a força-tarefa da Lava Jato de Curitiba com a Petrobrás e o Departamento
de Justiça dos Estados Unidos, que previa a criação de uma fundação com R$ 2,5
bilhões recuperados da Petrobras.
Segundo a jornalista Daniela Lima, da
coluna Painel da Folha de S. Paulo, Ele ainda determinou o bloqueio
de todos os valores que foram depositados na conta da 13ª Vara Federal de
Curitiba e submeteu qualquer movimentação desse dinheiro à "expressa
decisão do Supremo Tribunal Federal".
Na decisão, Moraes afirma que, "em que pese
ser meritória a atuação dos agentes públicos na condução dos inquéritos e ações
penais da Operação Lava-Jato, bem como nos propósitos externados no
acordo", os procuradores, em princípio, "exorbitaram das atribuições
que a Constituição Federal delimitou para os membros do Ministério
Público".
Para o ministro o acordo nem sequer autoriza a
força-tarefa ou o Ministério Público Federal a se intitulares tutores do
dinheiro reenviado ao Brasil. "Em relação ao destinatário do pagamento dos
US$ 682.526.000,00 (80% do valor da multa), o acordo sempre se referiu a
'Brazil' e 'Brazilian authorities', sem indicar qualquer órgão brasileiro
específico."
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