BRASÍLIA, DF
(FOLHAPRESS) - A Polícia Federal cumpre na manhã desta quinta-feira (21) dois
mandados de busca e apreensão para apurar ataques e fakenews contra ministros
do Supremo Tribunal Federal.
A operação ocorre em Alagoas e em São
Paulo. Os mandados chegaram na madrugada.
A Folha de S.Paulo antecipou que o STF
identificou suspeito e que a equipe de investigação sairia às ruas nesta
quinta.
Os investigadores buscam tirar do ar as
contas nas redes sociais de dois dos autores identificados no caso e visam
recolher computadores e aparelhos usados por operadores dessa rede.
Um guarda civil metropolitano de
Indaiatuba, no interior de São Paulo, e um advogado já foram identificados pela
equipe que atua no inquérito como suspeitos de estarem por trás das ações.
O presidente do STF, Dias Toffoli,
instaurou o inquérito, que corre em sigilo, no dia 14, e designou
o ministro Alexandre de Moraes seu relator.
Desde então, houve uma redução dos ataques
dirigidos aos ministros, segundo pessoas que acompanham o caso.
A iniciativa é uma resposta a postagens e
mensagens ofensivas dirigidas ao Supremo por setores da sociedade, em parte
incitadas por congressistas e procuradores da operação Lava Jato.
Ministros são acusados de favorecerem a
impunidade, quando não de corrupção. Entre os alvos da apuração pela onda de
virulência ao STF estão Deltan Dallagnol e Diogo Castor, da força-tarefa do
Ministério Público da Lava Jato.
EMBATES
ENTRE JUDICIÁRIO E LEGISLATIVO
INQUÉRITO
O presidente do STF, Dias Toffoli,
anunciou inquérito para apurar fake news, ameaças e ofensas contra ministros do
tribunal. Congressistas que criticaram o STF publicamente podem ser alvos
PEC
DO MANDATO
Senadores apresentaram proposta de emenda
à Constituição que prevê mandato de 8 anos para os ministros do STF. Hoje, os
magistrados podem ficar no cargo até completar 75 anos
CPI
DA LAVA TOGA
Foi protocolado no Senado um pedido de CPI
para investigar os membros do STF e de tribunais superiores
CONFRONTO
COM A LAVA JATO
Julgamento que definiu que caixa 2, quando
associado a corrupção, deve ser julgado pela Justiça Eleitoral foi considerado
derrota para a Lava Jato. Resultado foi criticado por parlamentares, que viram
na medida tentativa de esvaziar a operação.
Fonte: Bem Paraná
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