Pedágio no Anel de Integração / Foto: ANPr |
O juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de
Curitiba, responsável pelos processos da Operação Integração, um desmembramento
da Lava Jato que apura o esquema de corrupção envolvendo agentes públicos e
concessionárias de pedágio do Paraná, determinou bloqueios que
somados ultrapassam a cifra de R$ 2 bilhões.
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Os bloqueios atendem ao pedido do Ministério
Público Federal (MPF). Na denúncia, os procuradores estimam que o valor mínimo
para reparação dos danos causados pela organização criminosa é de R$
888.686.425,94 (oito bilhões, oitocentos e oitenta e oito milhões, seiscentos e
oitenta e seis mil quatrocentos e vinte e cinco reais e noventa e quatro
centavos).
O valor considera os prejuízos com os aditivos
contratuais e os ofícios firmados para beneficiar as concessionárias, a redução
ou a supressão de obras, o aumento indevido das tarifas, o superfaturamento dos
preços, entre outros pontos.
O magistrado publicou a decisão em quatro
despachos, destinados, separadamente, para as concessionárias Caminhos do
Paraná; Viapar; Econorte e empresas relacionadas ao mesmo grupo econômico; e Ecocataratas.
Em comum, os despachos determinam que cada empresa tenha bloqueado mais de R$
90,2 milhões, valor que, segundo Ribeiro, é referente ao dano mínimo estimado.
“No tocante à concessionária representada, entendo
que a responsabilidade solidária se estende ao valor do dano mínimo estimado
(R$ 82.569.672,41) acrescido do valor da soma do proveito estimado em relação a
todos os agentes públicos que teriam sido destinatário de propina (R$
7.668.004,72)”, destaca.
Já para os membros investigados e representantes
das empresas, o juiz determinou o bloqueio até o limite de pouco mais de R$ 407
milhões, além de indisponibilidade de imóveis e a constrição de veículos, para
cada grupo investigado.
O valor é referente as multas estimadas pelo crime
de organização criminosa e 180 crimes de corrupção ativa. No cálculo do juiz, o
valor é resultado de 65.160 dias multa multiplicados por cinco salários mínimos
atuais, que resultam em R$ 325.148.400, somados aos R$ 82.569.672,41 de danos
causados aos usuários dos serviços públicos.
“Foi considerada a quantidade máxima de pena de
multa com o objetivo de assegurar lastro patrimonial para o pagamento das
sanções caso venham a ser aplicadas como requerido nas denúncias. A maior
gradação se deu porque, nesse momento, não é possível avaliar o montante a que
cada um estaria sujeito em uma sentença condenatória”, explica o juiz.
Operação Integração
A partir da deflagração da primeira fase da
Operação Integração, com o avanço das investigação, a análise de todas as
provas reunidas e os dados reunidos e acordos de colaboração premiada firmados
por alguns investigados foi possível identificar a existências de núcleos
específicos e organizados que atuavam de forma criminosa para explorar e obter
benefícios indevidos a partir dos contratos de concessão de rodovias federais
no Paraná. A ação apura casos de corrupção ligados aos procedimentos de
concessão de rodovias federais no Estado do Paraná que fazem parte do chamado
Anel da Integração
Fonte:
Paranaportal
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