quinta-feira, 21 de março de 2019

Juíza pede pressa ao MPF processar Lula e o filho


Juíza da da 4.ª Vara Criminal Federal, Bárbara de Lima Issepi, reclamou do que chamou de "inércia" da Procuradoria da República em São Paulo no processo que investiga o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu filho, Luís Cláudio, pelos supostos crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro em razão de pagamentos feitos à empresa Touchdown, de propriedade do filho do ex-presidente; "Referida inércia contribui severamente para a inefetividade da persecução penal, e não pode ser tolerada", destacou a juíza em sua manifestação.
247 - A juíza da da 4.ª Vara Criminal Federal, Bárbara de Lima Issepi, reclamou do que chamou de "inércia" da Procuradoria da República em São Paulo no processo que investiga o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu filho, Luís Cláudio, pelos supostos crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro em razão de pagamentos feitos à empresa Touchdown, de propriedade do filho do ex-presidente. Segundo delatores da empreiteira Odebrecht, a construtora teria pago R$ 2 milhões pelos serviços da Concept prestados à Touchdown. O pagamento seria uma espécie de contrapartida à influência exercida por Lula sobre a então presidente Dilma Rousseff. 
Após o término do relatório sobre as investigações pela Polícia Federal, a magistrada encaminhou o caso para uma vara especializada em lavagem de dinheiro. "Decorridos aproximadamente 60 dias, o MPF sequer se manifestou. Ao revés, os autos somente foram devolvidos em razão da necessidade de inspeção judicial a ser realizada nesta Vara. Referida inércia contribui severamente para a inefetividade da persecução penal, e não pode ser tolerada, motivo pelo qual passo a me manifestar sobre a representação policial", destacou a juíza em sua manifestação.
A coordenadora da força-tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo, Anamara Osório Silva, afirmou que o Ministério Público Federal em São Paulo tem "esta investigação na lista de prioridades da força-tarefa. Tanto está que fomos nós que pedimos o relatório conclusivo da PF neste inquérito e já estamos analisando o documento. Em breve, haverá novo ato da Procuradoria, que pode ser uma denúncia ou um pedido por mais diligências", disse.

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