Juíza da da 4.ª Vara Criminal Federal, Bárbara de Lima
Issepi, reclamou do que chamou de "inércia" da Procuradoria da
República em São Paulo no processo que investiga o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva e seu filho, Luís Cláudio, pelos supostos crimes de tráfico de
influência e lavagem de dinheiro em razão de pagamentos feitos à empresa
Touchdown, de propriedade do filho do ex-presidente; "Referida inércia
contribui severamente para a inefetividade da persecução penal, e não pode ser
tolerada", destacou a juíza em sua manifestação.
247 - A juíza da da 4.ª Vara Criminal Federal, Bárbara de Lima
Issepi, reclamou do que chamou de "inércia" da Procuradoria da
República em São Paulo no processo que investiga o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva e seu filho, Luís Cláudio, pelos supostos crimes de tráfico de
influência e lavagem de dinheiro em razão de pagamentos feitos à empresa
Touchdown, de propriedade do filho do ex-presidente. Segundo delatores da
empreiteira Odebrecht, a construtora teria pago R$ 2 milhões pelos serviços da
Concept prestados à Touchdown. O pagamento seria uma espécie de contrapartida à
influência exercida por Lula sobre a então presidente Dilma Rousseff.
Após o término do relatório sobre as investigações pela
Polícia Federal, a magistrada encaminhou o caso para uma vara especializada em
lavagem de dinheiro. "Decorridos aproximadamente 60 dias, o MPF sequer se
manifestou. Ao revés, os autos somente foram devolvidos em razão da necessidade
de inspeção judicial a ser realizada nesta Vara. Referida inércia contribui
severamente para a inefetividade da persecução penal, e não pode ser tolerada,
motivo pelo qual passo a me manifestar sobre a representação policial",
destacou a juíza em sua manifestação.
A coordenadora da força-tarefa da Operação Lava Jato em São
Paulo, Anamara Osório Silva, afirmou que o Ministério Público Federal em São
Paulo tem "esta investigação na lista de prioridades da força-tarefa.
Tanto está que fomos nós que pedimos o relatório conclusivo da PF neste
inquérito e já estamos analisando o documento. Em breve, haverá novo ato da
Procuradoria, que pode ser uma denúncia ou um pedido por mais
diligências", disse.
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