Políticos da oposição reagiram fortemente ao discurso do
presidente Jair Bolsonaro feito em solenidade nesta quinta-feira (7) no Corpo
de Fuzileiros Navais, no Rio. O chefe do Planalto disse que a democracia só
existe "se a Força Armada quer"; a presidente nacional do PT,
deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), respondeu a ele dizedno que "a
democracia foi conquistada pela luta do povo brasileiro" e que haverá
"muita luta para defendê-la, apesar de vc e seus aliados"; o
ex-presidenciável Fernando Haddad ironizou Bolsonaro e o deputado federal Ivan
Valente (PSOL-SP), escreveu que ele cometeu "crime de responsabilidade"
247 - Políticos
da oposição reagiram fortemente ao discurso do presidente Jair Bolsonaro feito
em solenidade nesta quinta-feira (7) no Corpo de Fuzileiros Navais, no Rio. O
chefe do Planalto disse que a democracia só existe "se a Força Armada
quer". A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR),
respondeu a ele dizedno que "a democracia foi conquistada pela luta do
povo brasileiro" e que haverá "muita luta para defendê-la, apesar de
vc e seus aliados". O ex-presidenciável Fernando Haddad ironizou Bolsonaro
e o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), escreveu que ele cometeu
"crime de responsabilidade".
De
acordo com a dirigente do PT, Bolsonaro "não tem limites na
agressividade!". "A Democracia foi conquistada pela sociedade
brasileira. Não é objeto de tutela ou permissão. Terá muita luta pra
defendê-la, apesar de vc e seus aliados", disse a parlamentar no Twitter.
Haddad
também criticou a declaração. "Num longo discurso de quatro minutos,
Bolsonaro diz a militares que democracia só existe se as Forças Armadas
quiserem. Infelizmente, o presidente não atendeu a imprensa para explicar o
raciocínio", disse na mesma rede social.
Quem
também repudiou o discurso de Bolsonaro. "Ele ataca a Constituição
que diz 'Todo poder emana do povo'. Mais uma vez comete crime de
responsabilidade e atenta contra a dignidade do cargo. Pior, constrange os
militares a assumirem o autoritarismo", afirmou o congressista no
Twitter.
Na
solenidade Bolsonaro afirmou: "a missão será cumprida ao lado das pessoas
de bem do nosso Brasil, daqueles que amam a pátria, daqueles que respeitam a
família, daqueles que querem aproximação com países que têm ideologia semelhante
à nossa, daqueles que amam a democracia. E isso, democracia e liberdade, só
existe quando a sua respectiva Força Armada assim o quer", afirmou
Bolsonaro, que ontem compartilhou um vídeo escatológico.
Mesmo
antes de se candidatar a presidente, Bolsonaro já defendeu a Ditadura Militar
(1964-1985) e a sua declaração nesta quinta-feira (7) é mais uma prova do quão
longe está a solução para a crise institucional que se aprofundou no País desde
o golpe de 2016 contra a então presidente eleita, Dilma Rousseff. Sinal amarelo
aceso.
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