Fabrício
Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e que é investigado
pela movimentação incomum de R$ 1,2 milhão, disse em depoimento ao Ministério
Público do Rio de Janeiro que fazia o "gerenciamento financeiro" de
parte dos salários dos servidores do gabinete e tentou blindar o ex-chefe ao
afirmar que "nunca reputou necessário expor" ao parlamentar o que
chamou de "arquitetura interna do mecanismo que criou"
para ampliar a rede de "colaboradores" da base eleitoral do
parlamentar no Estado
247 - Fabrício Queiroz,
ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e que é investigado pela
movimentação incomum de R$ 1,2 milhão, disse em depoimento ao Ministério
Público do Rio de Janeiro que fazia o "gerenciamento financeiro" de
parte dos salários dos servidores do gabinete na época em que o parlamentar
ocupava uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ele
tentou, ainda blindar o ex-chefe ao
afirmar que "nunca reputou necessário expor" ao parlamentar o que
chamou de "arquitetura interna do mecanismo que criou".
Na
defesa enviada por escrito ao MP, Queiroz diz que não se apropriou dos valores
recebidos e que os recursos eram usados para ampliar a rede de
"colaboradores" da base eleitoral de Flávio Bolsonaro no Estado por
entender que "a melhor forma de intensificar a atuação política seria a
multiplicação dos assessores da base eleitoral, valendo-se, assim, da confiança
e da autonomia que possuía para designar vários assistentes de base, a partir
do gerenciamento dos valores que cada um recebia mensalmente",
Esta foi a primeira vez que Queiroz prestou esclarecimentos ao MP sobre as
denúncias. Ele havia sido convidado em quatro ocasiões diferentes para
apresentar sua versão sobre o caso, mas havia recusado alegando razões de
saúde.
A
movimentação atípica de R$ 1,2 milhão, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017,
foi identificada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que
abriu um procedimento para apurar a origem do dinheiro. Ainda segundo o
relatório do Coaf, os recursos foram repassados pelos demais servidores sempre
em datas próximas aos pagamentos dos salários pela Alerj. Para o MP, porém, a
suspeita é que Queiroz se apropriava do dinheiro ou então que repassava os
valores para Flávio Bolsonaro.
Ainda
segundo Queiroz, a grande soma de recursos em sua conta bancária se deve ao
fato de concentrar em sua os salários da mulher e dos filhos, além de outros
fatores como a venda de "todo e qualquer produto que pudesse lhe garantir
uma renda extra".
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