O corregedor
nacional de Justiça, Humberto Martins, pediu nesta sexta-feira (15) que a juíza
Gabriela Hardt esclareça se tem conhecimento da existência de um perfil no
Twitter chamado "Juíza Gabriela Hardt Sincera". Martins também quer
saber se a magistrada tomou "alguma providência para evitar a continuidade
de tal prática". De acordo com a Justiça Federal em Curitiba, a conta não
pertence à magistrada.
Segundo o corregedor, responsável por
investigações contra magistrados no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o
objetivo do procedimento é esclarecer a situação para cidadãos, que
"poderiam ser induzidos a acreditar que as postagens refletem
posicionamento oficial de integrante da magistratura, o que é especialmente
preocupante em uma época tão pródiga em disseminação de notícias falsas".
A postagem que motivou o pedido de
informações foi feita na quinta-feira (14), após o julgamento no qual o STF
estabeleceu a competência da Justiça Eleitoral para julgar crimes comuns
conexos, com corrupção e lavagem de dinheiro, investigados na Operação Lava
Jato. Na mesma sessão, o
presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, abriu inquérito para apurar
notícias falsas (fake news) que tenham os ministros como alvo.
Foram publicadas as seguintes mensagens:
"Galera, que tal um movimento popular, pedindo impeachment de todos os
ministros do STF, vc topa” e “Urgente: o STF trabalha nos bastidores para tirar
Lula da prisão”, além de “O STF acaba de enterrar a Lava Jato por 6 votos a
5".
Na descrição do perfil no Twitter, o
responsável afirma que a conta da rede social é dedicada aos fãs da juíza
Gabriela Hardt e que não tem qualquer vínculo com ela.
A juíza comandou a 13ª Vara da Justiça
Federal em Curitiba após a saída do juiz Sergio Moro, que assumiu o cargo de
ministro da Justiça e Segurança Pública. Durante o período, Gabriela Hardt
condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 12 anos e 11 meses de
prisão na ação penal sobre as reformas realizadas no Sítio Santa Bárbara, em
Atibaia, São Paulo.
Fonte:
Agência Brasil
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