Convidado por Bolsonaro para dar um tom 'anti-corrupção' no
governo e demarcar uma linha institucional de perseguição ao ex-presidente
Lula, Sergio Fernando Moro mergulhou na zona obscura do bolsonarismo
manipulável, ostentando um discurso flácido e tutelado por pressões de
segmentos ultraconservadores; a desnomeação de Ilona Szabó marca em definitivo
sua descida de patamar: Moro encolheu e virou funcionário de Bolsonaro
47 - Convidado por Bolsonaro
para dar um tom 'anti-corrupção' no governo e demarcar uma linha institucional
de perseguição ao ex-presidente Lula, Sergio Fernando Moro mergulhou na zona
obscura do bolsonarismo manipulável, ostentando um discurso flácido e tutelado
por pressões de segmentos ultraconservadores. A desnomeação de Ilona Szabó
marca em definitivo sua descida de patamar: Moro encolheu e virou funcionário
de Bolsonaro.
O
desgaste do ministro da Justiça - que chegou a ser chamado de "super
ministro" - é visível não só pelos trending topics no Twitter que debocham
de sua subserviência, mas aos gestos e atos do cotidiano incrustado nos
interstícios do poder. Moro voltou atrás na sua ex-sólida posição sobre crime
de caixa dois, compreensão que, a rigor, serviu apenas para perseguir Lula e
ascender a um cargo no Executivo.
Moro
está pressionado. Foi-se por completo a leitura de que ele poderia entrar na
linha sucessória de Bolsonaro, representando a 'força' e a 'disciplina
judicial'. Seu nome cai, agora, no vazio pantanoso dos ministros exóticos de um
governo politicamente moribundo. O ex-juiz faz companhia intelectual a Damares
Alves, Ricardo Velez Rodrigues e Ernesto Araújo.
O
refugo na nomeação de Szabó, a rigor, chocou o que lhe restava de
credibilidade, ainda que difusa e decorrente de ressentimento e ódio ao PT.
Setores da magistratura brasileira, quase que em unanimidade, rechaçaram seu
projeto anticrime como um arremedo técnico e uma senha para explosões de
violência em um país já tomado pelo caos na segurança pública.
A
carreira política de Sergio Moro entra agora em estado de stand by. Como não é
mais um magistrado - uma vez que pediu exoneração da carreira pública para
aceitar um cargo político -, resta saber seu destino pós-lambança.
Numa
coisa, Moro obteve sucesso pleno: ele faz parte agora em definitivo do governo
Bolsonaro. É, por assim dizer, um bolsonarista de carteirinha.
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