Generais pedem cautela
sobre o tema
Adriano Machado / Reuters |
Jair
Bolsonaro tem orientado os quartéis a comemorarem o aniversário do golpe
militar que derrubou o governo João Goulart e iniciou um regime ditatorial que
durou 21 anos. A “data histórica” ocorreu em 31 de março de 1964.
No entanto, como
destaca o jornal O Estado de S. Paulo, generais da reserva que integram o
primeiro escalão do Executivo orientam a se ter cautela com o tema, para evitar
ruídos desnecessários diante do clima político e das crises envolvendo
discussões sobre a reforma da Previdência.
O
governo de Bolsonaro reúne o maior número de militares na Esplanada dos
Ministérios desde o período da ditadura (1964-1985). A formação já foi
questionada por parlamentares.
Após
oito anos, a comemoração da data deixou de ser uma agenda “proibida” e voltou
ao calendário de comemorações das Forças Armadas.
Em 2011, a então
presidente Dilma Rousseff, ex-militante torturada no regime ditatorial,
orientou aos comandantes da Aeronáutica, do Exército e da Marinha a suspensão
de qualquer atividade para lembrar a data nas unidades militares.
Como
destaca a publicação, o Planalto prevê unificar as ordens do dia, textos
preparados e lidos separadamente pelos comandantes militares. Os primeiros
esboços que estão sendo feitos pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo e
Silva, indicam que o texto único ressaltará as “lições aprendidas” no período.
No entanto, não há qualquer autocrítica aos militares.
É
importante destaca que o período de ditadura militar ficou marcado pela morte e
tortura de dezenas de militantes políticos que se opuseram ao regime.
Fonte:
Notícias ao Minuto
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