O ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, de 46
anos, que dirigia o automóvel usado para o assassinato de Marielle Franco em 14
de março de 2018, ostenta em seu perfil no Facebook uma foto ao lado de Jair
Bolsonaro; na foto, o rosto de Bolsonaro está cortado; os dois aparecem
sorrindo; ela foi postada depois do assassinato, em 4 de agosto último; quanto
ao policial militar reformado Ronnie Lessa, de 48 anos, apontado como o
autor dos 13 disparos que mataram Marielle e Anderson, mora no mesmo condomínio
de Bolsonaro -e lá foi preso às 4h desta terça
247 - O ex-policial
militar Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos, que dirigia o automóvel usado para
o assassinato de Marielle Franco em 14 de março de 2018, ostenta em seu perfil
no Facebook uma foto ao lado de Jair Bolsonaro. Na foto, o rosto de Bolsonaro
está cortado. Os dois aparecem sorrindo. Ela foi postada depois do assassinato,
em 4 de agosto último. Quanto ao policial militar reformado Ronnie Lessa, de 48
anos, apontado como o autor dos 13 disparos que mataram Marielle e
Anderson, mora no mesmo condomínio de Bolsonaro -e lá foi preso às 4h desta
terça.
Veja a
seguir o post no perfil de Élcio no Facebook. Até as 9h10 da manhã desta terça
o perfil continuava ativo e a foto, pública:
Ambos os
assassinos vivem no universo de extrema violência das milicias do Rio de
Janeiro. Segundo reportagem do jornal O Globo, "temido
pelos próprios colegas, mesmo depois de aposentar a farda, e exímio atirador,
principalmente no manejo de fuzis, Lessa foi vítima de uma tocaia em 28 de
abril, um mês depois da morte de Marielle. Há a suspeita de que alguém tentou
matá-lo como queima de arquivo. O sargento é o principal alvo da primeira
operação conjunta da Delegacia de Homicídios (DH) da Capital e do Gaeco para
prender os envolvidos na morte da vereadora. As circunstâncias do crime ainda
não foram apuradas, assim como ainda não se sabe quem foi o mandante da
execução."
A
ligação do clã Bolsonaro com universo das milícias é pública. Além da foto e da
vizinhança, não apareceu ainda outro laço entre os Bolsonaro, Lessa e Élcio
Queiroz.
Leia
reportagem do 247 sobre os vínculos do clã com outros milicianos do Rio,
postada em 22 de janeiro:
247
- Raimunda
Veras Magalhães, mãe do ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, neste
momento foragido da Operação "Os Intocáveis" e suspeito de
envolvimento com o assassinato da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (Psol),
foi funcionária do gabinete do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL) e
aparece em relatório do Conselho de Controle de Atividades
Financeiras como uma das remetentes de depósitos para Fabrício Queiroz,
ex-assessor do parlamentar. O filho dela, o ex-capitão do Bope Adriano
Magalhães da Nóbrega, homenageado na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj)
por Flávio Bolsonaro, já foi preso duas vezes, suspeito de ligações com a máfia
de caça-níqueis.
Segundo o Coaf,
Raimunda depositou R$ 4,6 mil na conta de Fabrício Queiroz. Ela aparece na
folha da Assembleia Legislativa do Rio com salário líquido de R$ 5.124,62.
O curioso é que o
filho presidente Jair Bolsonaro também homenageou o filho dela, Adriano
Magalhães da Nóbrega, que está foragido. Em 2003, o então deputado estadual
propôs moção de louvor e congratulações a Adriano por prestar "serviços à
sociedade com absoluta presteza e excepcional comportamento nas suas
atividades".
Adriano
foi preso duas vezes, suspeito de ligações com a máfia de caça-níqueis. Em 2011
ele foi capturado na Operação Tempestade no Deserto, que mirou o jogo do
bicho.
Ele
também era tido pelo Ministério Público do Rio como o homem-forte do
Escritório do Crime, uma organização suspeita do assassinato de Marielle Franco
e que nasceu da exploração imobiliária ilegal nas mãos de milicianos. Era
formada pistoleiros da cidade e foi alvo da Operação Os Intocáveis, nesta
terça-feira (22), no Rio. Suspeitos de matarem a ex-parlamentar e homenageados
por Flávio Bolsonaro foram presos (veja aqui).
O
policial é acusado há mais de uma década por envolvimento em homicídios.
Adriano e outro integrante da quadrilha foram homenageados por Flávio na
Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
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