Em discurso, presidente lembrou o legado de Hugo
Chávez e afirmou estar aberto ao diálogo
Apoiadores de Maduro se concentraram na Avenida Bolívar, em Caracas, neste sábado (02) / Alba Movimentos / Telesur |
Venezuelanos foram
às ruas neste sábado (02) para comemorar os 20 anos da posse do ex-presidente
Hugo Chávez, que marcou o início da chamada Revolução Bolivariana no país, e
defender o mandato de Nicolás Maduro, sucessor apoiado por Chávez e reeleito em
maio de 2018, com mais de 67% dos votos.
"Há
20 anos, em uma tarde como hoje, com o voto popular elegemos o comandante
Chávez presidente da República e iniciamos uma nova história
de reivindicação popular na Venezuela", disse Maduro em discurso na
Avenida Bolívar, na capital Caracas. "Na Venezuela não há ditadura. Na
Revolução Bolivariana haverá poder popular, democracia verdadeira e a liberdade
dos povos", disse o presidente.
Maduro
agradeceu as iniciativas dos governos do México, Uruguai e Bolívia que se
prontificaram a estabelecer uma mesa de diálogo entre governo e oposição.
"O dia que quiserem, quando quiserem, como quiserem, estou pronto para
falar e facilitar o diálogo do encontro nacional, para respeitar a Constituição
e fazer uma agenda nacional de prioridades", afirmou.
Ainda
no ato de comemoração, o mandatário se dirigiu à oposição para que deixem
de apoiar ao golpe de Estado e de chamar à intervenção militar. "Apesar
das tentativas de golpe e das ameaças externas, a Venezuela está em paz. A paz
se impôs novamente e não conseguiram impor a violência. Foram derrotados com a
justiça", disse.
Oposição
Juan
Guaidó, deputado do partido de direita Voluntad Popular que se autoproclamou
presidente no dia 23 de janeiro, convocou manifestações da oposição também para
este sábado.
No
mesmo dia, o general da Força Aérea, Francisco Yánez, publicou via Twitter
uma mensagem na qual reconhece Guaidó como presidente interino do país.
O ato foi condenado pelo alto comando da Força Aérea da Venezuela que
classificou Yánez como traidor e afirmou, também via rede social, que "a
Força Aérea não aceitará jamais um presidente imposto por interesses obscuros,
nem autoproclamado à margem da lei. Também não se subordinará nunca a uma
potência estrangeira ou a um governo que não seja eleito democraticamente pelo
povo venezuelano".
Fonte:
Brasil de Fato
Nenhum comentário:
Postar um comentário