As autoridades venezuelanas determinaram o fechamento da
fronteira marítima e aérea da Venezuela com Aruba, Bonaire e Curaçao, confirmou
à AFP o comandante dessa região, almirante Vladimir Quintero
247, com AFP - As autoridades venezuelanas determinaram o fechamento
da fronteira marítima e aérea da Venezuela com Aruba, Bonaire e Curaçao,
confirmou à AFP o comandante dessa região, almirante Vladimir Quintero.
As Forças Armadas
venezuelanas se declararam em alerta para evitar uma violação do território
diante da pretensão do opositor Juan Guaidó de impor a entrada da chamada
"ajuda humanitária" no país no próximo sábado (23), que o governo do
presidente Nicolás Maduro considera um pretexto para a intervenção militar
estadunidense.
Maduro
recebeu nesta terça-feira (19) uma promessa de "lealdade, subordinação e
obediência" em reunião com "mil comandantes militares".
"A
Força Armada Nacional Bolivariana permanecerá mobilizada e alerta ao longo das
fronteiras (...) para evitar qualquer violação da integridade de seu
território", assegurou o ministro da Defesa, general Vladimir Padriño
López.
O
general Padriño López garantiu que os militares não vão se deixar
"chantagear" e qualificou de "torrente de mentiras" que o
presidente americano, Donald Trump, e Guaidó falem da "suposta ajuda
humanitária" como um conflito entre a Força Armada e os venezuelanos.
Cargas
de remédios e alimentos enviadas pelos Estados Unidos estão armazenadas na
cidade colombiana de Cúcuta, perto da ponte fronteiriça de Tienditas, bloqueada
por militares venezuelanos.
O
Brasil, que vai instalar um centro de aprovisionamento no estado fronteiriço de
Roraima, prepara uma operação para fornecer ajuda humanitária em
"cooperação com o governo dos Estados Unidos", disse em Brasília o
porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros.
O
governo venezuelano está convencido de que Guaidó e os Estados Unidos preparam
um "show" com a entrega da "ajuda", que é na verdade um
pretexto para invadir militarmente a Venezuela.
Trump
não descarta uma ação militar na Venezuela e na segunda-feira advertiu os
militares que continuam apoiando Maduro que "não encontrarão um
refúgio". "Vão perder tudo", ameaçou.
As
Forças Armadas venezuelanas responderam energicamente: "Não vão poder
passar pelo espírito patriótico das Forças Armadas pela via da força para impor
um governo fantoche, genuflexo, entreguista, antipatriótico, não vão conseguir.
Vão ter que passar por cima destes cadáveres", disse o ministro
venezuelano da Defesa.
Nesta
quarta-feira (20), o comandante máximo das Forças Militares da Colômbia, Luis
Navarro, e do Comando Sul americano, Craig Faller, se reunirão em Miami para
discutir sobre a ajuda que os Estados Unidos vão fornecer através da fronteira
colombiana.
Maduro,
também enviará à fronteira venezuelana com a Colômbia akimentos e medicamentos.
Ele anunciou que nesta quarta-feira (20) vão chegar ao país 300 toneladas de
remédios comprados dos russos, depois das 933 toneladas que entraram na semana
passada, vendidas por China, Rússia e Cuba.
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