O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, afirmou em
documento enviado ao STF que foi "infeliz" ao afirmar que brasileiro
age como "canibal" em viagens ao exterior; recentemente, o ministro
disse também que quando o brasileiro viaja "rouba coisas"; "Meu
pedido de desculpas a quem se sentiu ofendido", justificou Vélez
247 - O ministro
da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, afirmou em documento enviado ao Supremo
Tribunal Federal (STF) que foi "infeliz" ao afirmar que brasileiro
age como "canibal" em viagens ao exterior. A informação é do portal G1.
Recentemente
o ministro disse também que quando o brasileiro viaja "rouba coisas dos
hotéis, rouba o assento salva-vidas do avião, ele acha que sai de casa e pode
carregar tudo". "Esse é o tipo de coisa que tem de ser revertido na
escola", disse o ministro na ocasião.
Diante
da declaração, um advogado entrou com uma interpelação judicial no STF para que
o ministro esclarecesse a fala. A ministra Rosa Weber, relatora do caso,
notificou Vélez Rodríguez.
"Fui
infeliz na declaração aberta, genérica, mas tal não pode ser lida como a prática
dos crimes de calúnia, difamação e injúria, na medida em que, repita-se, não
teve o propósito de ofender as honras objetiva e subjetiva de brasileiros
determinados. Utilizei-me de uma figura de linguagem hiperbólica, nada mais do
que isso, para potencializar a mensagem", escreveu Rodríguez.
O
ministro completou que apresentou desculpas públicas nas redes sociais, o que
não significa admitir crime.
"Pelas
redes sociais, já lancei, inclusive, meu pedido de desculpas a quem se sentiu
ofendido, o que, de forma alguma, implica o reconhecimento da prática de um
crime contra a honra", disse.
A
Advocacia-Geral da União (AGU) já pediu ao Supremo para arquivar o caso por
entender que as declarações tiveram "caráter genérico", sem atingir
ninguém especificamente.
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