segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Stédile sobre caso Venezuela: Bolsonaro faz o Brasil passar vergonha


"Bolsonaro faz o Brasil passar vergonha. O governo fez um espetáculo com duas caminhonete de alimentos em Roraima, no entanto, não ofereceu nenhuma "ajuda humanitária" para os atingidos em Brumadinho. Em São Paulo, há 14 mil moradores de rua. Cadê a preocupação?", questionou o líder do MST, João Pedro Stédile. "O povo da Venezuela é soberano do seu destino"
247 - O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, bateu duro no governo do presidente Jair Bolsonaro por causa da iniciativa de se aliar aos Estados Unidos na chamada ajuda humanitária à , ao levar caminhões para a fronteira com o país vizinho.
"Bolsonaro faz o Brasil passar vergonha. O governo fez um espetáculo com duas caminhonete de alimentos em Roraima, no entanto, não ofereceu nenhuma "ajuda humanitária" para os atingidos em Brumadinho. Em São Paulo, há 14 mil moradores de rua. Cadê a preocupação?", questionou o ativista no Twitter. "O povo da Venezuela é soberano do seu destino. E só precisa de paz e que ninguém de fora se intrometa em seus problemas internos. Não aceitamos intervenção externa no Brasil e em nenhum país do mundo", disse.
De acordo com o líder do MST, "o governo venezuelano importa alimentos de muitos países, inclusive dos EUA. Nenhum venezuelano passa fome. Daí os EUA inventaram a necessidade de uma 'ajuda humanitária', que nunca fez nem com seu povo nem com outros povos em situação de risco".
"Os EUA gastaram 77 milhões de dólares para organizar um show com artistas famosos na fronteira da Colômbia com a Venezuela. Já o custo dos alimentos da "ajuda humanitária" que queriam doar foi de 7 milhões. Fica claro que o que querem é derrubar o governo, não ajudar o povo", complementou. "Ainda bem que os militares brasileiros, ao que parece, ainda têm algum juízo. As declarações do vice @GeneralMourao demonstram que as Forças Armadas brasileiras não querem entrar numa aventura militar sem sentido algum para o povo brasileiro".
 


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