Com mais de 70 de atividade política, o ex-presidente José
Sarney resumiu o momento atual vivido pelo país: "estamos matando nossa
democracia"; segundo ele, "o Parlamento não legisla. O Poder
Executivo legisla no lugar do Parlamento, e o Judiciário não exerce o poder
moderador que deveria ter"; Sarney disse "lamentar muito o
que aconteceu e está acontecendo com Lula".
247 - Com mais de 70 de
atividade política, o ex-presidente José Sarney resumiu o momento atual vivido
pelo país: "estamos matando nossa democracia". Segundo ele, "ao
falar em morte da democracia, me refiro ao fato de que os Poderes têm fendas em
suas estruturas que estão desestabilizando o país". "O Parlamento não
legisla. O Poder Executivo legisla no lugar do Parlamento, e o Judiciário não
exerce o poder moderador que deveria ter", disse Sarney ao jornal Valor
Econômico. Sobre a prisão do ex-presidente Luz Inácio Lula da Silva,
mantido preso por razões políticas, Sarney disse "lamentar muito o que
aconteceu e está acontecendo com Lula".
Sarney,
que foi o primeiro presidente civil a chefiar o Executivo após o fim da
ditadura militar, ressaltou que "a judicialização da política e a
politização da Justiça" coloca o Brasil em um estado de insegurança
jurídica. "A interferência, a nítida divisão entre os ministros, é o sinal
mais evidente dessa crise. São tantas as questões submetidas ao tribunal -
tudo, na verdade - que isso cria uma insegurança jurídica muito grande",
avaliou.
Para o
ex-presidente, a internet e as redes sociais agravaram a crise da democracia.
"A internet nos trouxe a perda dos direitos individuais, da privacidade.
Criou tantas versões sobre o mesmo fato que já não sabemos qual é a verdadeira.
É o que chamamos de a morte da verdade" afirmou fazendo referência ao
livro "A Morte da Verdade - Notas Sobre a Mentira na Era Trump", de
Michiko Kakutani.
Sarney
ressaltou, também que, apesar do combate à corrupção ser "um fenômeno
importantíssimo na política que se destina a fazer correções no país", os
excessos devem ser evitados. Ele próprio foi envolvido em uma das investigações
da Lava-Jato, sendo inocentado posteriormente.
Leia a íntegra no Valor Econômico.
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