O presidente Jair Bolsonaro decidiu demitir o ministro
Gustavo Bebianno, quando soube que ele havia marcado uma reunião com o
executivo Paulo Tonet, vice-presidente de Relações Institucionais da Globo.
Segundo Bolsonaro, que privilegia as emissoras Record e SBT, Bebianno estaria
traindo sua confiança e colocando o inimigo dentro de casa. A reunião não
chegou a acontecer
247 – O presidente Jair Bolsonaro decidiu demitir o ministro
Gustavo Bebianno, quando soube que ele havia marcado uma reunião com o
executivo Paulo Tonet, vice-presidente de Relações Institucionais da Globo.
Segundo Bolsonaro, que privilegia as emissoras Record e SBT, Bebianno estaria
traindo sua confiança e colocando o inimigo dentro de casa. A reunião não
chegou a acontecer. É que informa reportagem do El Pais:
Além de ter seu filho
incentivando essa disputa, Bolsonaro se sentiu traído por Bebianno quando ele
agendou uma reunião com Paulo Tonet Camargo, vice-presidente de relações
institucionais do Grupo Globo (do qual fazem parte a TV Globo e o jornal O
Globo). Ele também é presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio
e Televisão (Abert). Em uma conversa com Bebianno, enquanto ainda estava
internado, o presidente disse a ele que o ministro estaria "colocando o
inimigo dentro de casa". Aliados de Bebianno relataram ao EL PAÍS que o
objetivo dele era fazer uma ponte com a maior emissora brasileira. Essa ponte
nem chegou a ser construída. A reunião com o executivo da Globo foi cancelada.
Desde que assumiu a
presidência, Bolsonaro tem dado preferência a conceder entrevistas para
concorrentes da Globo, principalmente para a TV Record. Também afirmou dezenas
de vezes que iria rever todos os contratos publicitários com a imprensa e
destinaria as verbas públicas de maneira mais equânime, sem, necessariamente,
levar em conta o alcance de cada veículo de comunicação e questionando práticas
arraigadas como o chamado "BV" – ou "bônus por volume",
recebido pela agência que destina a um determinado veículo um pacote de
publicidade Seu grupo político avalia que a Globo tenta manipular a opinião
pública contra ele e contra seus filhos. O caso mais emblemático, na visão
deles, foi o destaque dado ao escândalo envolvendo o policial militar Fabrício
Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, hoje senador pelo PSL do Rio de
Janeiro.
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