Ministro deve ser demitido nesta segunda-feira (18)
O ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, disse neste
sábado, 16, que "quando acabar" sua participação no governo, "se
sentir vontade", vai "dar satisfações". A frase foi dita em
resposta ao ser questionado sobre seu desafeto, o vereador Carlos Bolsonaro
(PSC-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro.
O ministro, que
deve ser demitido nesta segunda-feira, 18, passou o dia num hotel de Brasília.
Bebianno não recebeu visitas ao longo do dia, mas, em conversas com pessoas
próximas, deixou claras a frustração e a mágoa com Carlos Bolsonaro. O ministro
desabafou que considerou uma covardia o fato de Jair Bolsonaro não ter tido
coragem para demiti-lo e considerou inaceitável assumir um cargo em Itaipu,
apesar do salário três vezes maior - pouco mais de R$ 1 milhão por ano. A
amigos disse que não veio para o governo para ganhar dinheiro e que será leal
até o último minuto em que permanecer ministro.
Nas conversas,
Bebianno tem avisado que não cai sozinho, pois tanto a ala política, quanto a
ala militar do governo, estão decididas a afastar Carlos da Presidência. Nos
últimos dias o vereador tem sido mais comedidos nas redes sociais, compartilhando
mensagens institucionais do governo e assuntos do Rio, como a venda da bebida
em blocos de carnaval.
O
ministro soube de parte das informações sobre sua demissão pela imprensa, na
noite de sexta, o que o deixou chateado. Na madrugada deste sábado, publicou
nas redes sociais um texto sobre lealdade e amizade. A jornalistas, afirmou que
compartilhou porque "teve vontade" e que foi algo
"conceitual".
Também
na fala à imprensa questionou o tratamento "diferenciado" em relação
ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. No início do mês, Álvaro
Antônio também foi alvo de suspeitas sobre o uso de candidaturas laranjas em
Minas Gerais em 2018. Na época, o ministro do Turismo era presidente do
Diretório Estadual. Ele foi mantido no cargo.
"Minha
consciência está tranquila. Trata-se de bom senso, trata-se da lei, trata-se do
estatuto do partido. Tanto é assim que, no caso do Marcelo Álvaro Antônio, por
que eu não sou culpado, então?", questionou, pois, segundo ele, os dois
casos são semelhantes e só em um o culpam. Álvaro Antônio era presidente do PSL
em Minas, no ano passado. No caso de Pernambuco, o presidente do diretório era
o hoje deputado Luciano Bivar. As informações são do jornal O
Estado de S. Paulo.
Fonte:
Notícias ao Minuto
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