O acordo comercial que vem sendo negociado entre China e
Estados Unidos, que pode substituir todas as exportações de soja do Brasil para
a China por grãos norte-americanos, será questionado pelo Partido dos
Trabalhadores. "Queremos saber o que o governo pretende fazer para impedir
um prejuízo bilionário ao Brasil", diz a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR),
que pretende questionar tanto a ministra Teresa Cristina, da Agricultura, como
a embaixada da China, em Brasília; ela lembra que quase toda a soja plantada no
Paraná é exportada para a China
247 – Embora o agronegócio tenha sido uma das bases de apoio
para a eleição de Jair Bolsonaro, o setor será defendido pelo Partido dos
Trabalhadores, uma vez que o atual governo tem se mostrado totalmente submisso
aos interesses de Donald Trump.
O capítulo mais recente desta
submissão aconteceu ontem, quando Trump foi ao Twitter comemorar o acordo
agrícola negociado com a China, que deve ampliar em 10 milhões de toneladas a
quantidade de soja comprada dos Estados Unidos – o que pode zerar as
importações de produtos brasileiros.
"Vamos
questionar a ministra Teresa Cristina, da Agricultura, para saber que
providências serão tomadas para proteger o setor agrícola nacional", diz
ela, que também estuda uma forma de agir em relação à China. A deputada, que
preside o PT, lembra que praticamente toda a soja paranaense é exportada para
os chineses.
Além
disso, a União Europeia também anunciou que não deve mais realizar acordos
comerciais com o Mercosul. Tanto a chanceler alemã Angela Merkel como o
presidente francês Emmanuel Macron têm restrições ao governo de Jair Bolsonaro,
em razão de seu desrespeito ao meio ambiente e aos direitos humanos.
Ou
seja: o agronegócio poderá em breve chegar à conclusão de que não valeu a pena
contribuir para a eleição de um presidente que não defende interesses nacionais
e adota um discurso contrário ao meio ambiente, às populações indígenas e aos
movimentos sociais.
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