Depois do caso das
candidatas-laranja em Minas Gerais, em fraude no processo eleitoral
supostamente feita pelo atual ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio (PSL),
mais um episódio de criação de candidatos laranja vem à tona dentro do PSL,
partido da presidência da República; Luciano Bivar (PSL-PE), recém-eleito
segundo vice-presidente da Câmara dos Deputados, 'criou' uma candidata laranja
em Pernambuco que recebeu do partido R$ 400 mil de dinheiro público na eleição
de 2018; a candidata obteve 274 votos
247 - Depois
do caso das candidatas-laranja em Minas Gerais, em fraude no processo eleitoral
supostamente feita pelo atual ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio (PSL),
mais um episódio de criação de candidatos laranja vem à tona dentro do PSL,
partido da presidência da República. Luciano Bivar (PSL-PE),
recém-eleito segundo vice-presidente da Câmara dos Deputados, criou uma
candidata laranja em Pernambuco que recebeu do partido R$ 400 mil de dinheiro
público na eleição de 2018.
A reportagem do jornal Folha de
S. Paulo destaca que "Maria de Lourdes Paixão, 68, que
oficialmente concorreu a deputada federal e teve apenas 274 votos, foi a
terceira maior beneficiada com verba do PSL em todo o país, mais do que o
próprio presidente Jair Bolsonaro e a deputada Joice Hasselmann (SP), essa com
1,079 milhão de votos. O dinheiro do fundo partidário do PSL foi enviado
pela direção nacional da sigla para a conta da candidata em 3 de outubro,
quatro dias antes da eleição. Na época, o hoje ministro da Secretaria-Geral da
Presidência, Gustavo Bebianno, era presidente interino da legenda e coordenador
da campanha de Bolsonaro, com foco em discurso de ética e combate à
corrupção."
A
matéria relembra o caso anterior de uso de laranjas: "no último dia 4, reportagem
da Folha revelou que o ministro do Turismo de Bolsonaro e deputado federal mais
votado em Minas, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), patrocinou um esquema de
candidaturas laranjas que direcionou verbas do PSL para empresas ligadas ao seu
gabinete na Câmara. Após essa revelação, o vice-presidente, general
Hamilton Mourão, afirmou que esse caso deveria ser investigado. No caso de
Lourdes Paixão, a prestação de contas dela, que é secretária administrativa do
PSL de Pernambuco, estado de Bivar, sustenta que ela gastou 95% desses R$ 400
mil em uma gráfica para a impressão de 9 milhões de santinhos e cerca de 1,7
milhão de adesivos, tudo às vésperas do dia que os brasileiros foram às urnas,
em 7 de outubro."
A
reportagem ainda informa que "cada um dos quatro panfleteiros que ela diz
ter contratado teria, em tese, a missão de distribuir, só de santinhos, 750 mil
unidades por dia –mais especificamente, sete panfletos por segundo, no caso de
trabalharem 24 horas ininterruptas. A Folha visitou os endereços informados
pela gráfica na nota fiscal e na Receita Federal e não encontrou sinais de que
ela tenha funcionado nesses locais durante a eleição."
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