O papa Francisco enviou uma carta ao presidente da Venezuela,
Nicolás Maduro, na qual reclama da falta de "gestos concretos" nas
tentativas anteriores da Igreja Católica de mediar os conflitos no país
sul-americano; a correspondência foi revelada pelo jornal italiano Corriere
della Sera nesta quarta-feira (13) e data de 7 de fevereiro, dois dias depois
de o Pontífice ter cogitado a hipótese de uma mediação da Santa Sé na crise
venezuelana, caso esse fosse um desejo do governo e da oposição; "A
Santa Sé assinalou claramente quais eram os pressupostos para que o diálogo
fosse possível", disse, citando a exigência de se evitar "qualquer
forma de derramamento de sangue"
247, com Ansa - O papa Francisco enviou uma carta ao presidente da
Venezuela, Nicolás Maduro, na qual reclama da falta de "gestos
concretos" nas tentativas anteriores da Igreja Católica de mediar os
conflitos no país sul-americano.
A correspondência
foi revelada pelo jornal italiano Corriere della Sera nesta quarta-feira (13) e
data de 7 de fevereiro, dois dias depois de o Pontífice ter cogitado a hipótese
de uma mediação da Santa Sé na crise venezuelana, caso esse fosse um desejo do
governo e da oposição.
No
último dia 4, Maduro disse ter mandado uma mensagem ao papa pedindo ajuda para
instaurar um diálogo político no país.
O texto
tem duas páginas e meia e relembra as reiteradas tentativas do Vaticano de
facilitar o diálogo na Venezuela.
"Infelizmente,
todas foram interrompidas porque o que havia sido acordado nas reuniões não foi
seguido de gestos concretos. E as palavras pareciam deslegitimar os bons
propósitos que haviam sido colocados por escrito", escreveu o líder
católico.
O papa
acrescentou que sempre foi a favor do diálogo, mas desde que "as duas
partes colocassem o bem comum acima de qualquer outro interesse e trabalhassem
por união e paz". "A Santa Sé assinalou claramente quais eram os
pressupostos para que o diálogo fosse possível", disse, citando a
exigência de se evitar "qualquer forma de derramamento de sangue".
O
objetivo da Santa Sé é repetir o sucesso de seu envolvimento na reaproximação
entre Cuba e Estados Unidos e nas negociações de paz com as Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Nesta
semana, a Secretaria de Estado do Vaticano recebeu uma delegação enviada pelo
autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, e disse torcer por uma
"solução justa e pacífica para superar a crise".
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