sábado, 16 de fevereiro de 2019

MST realiza festa da colheita e oferece almoço gratuito, no Paraná


Almoço será oferecido gratuitamente a todos, como forma de apresentar o resultado da agricultura familiar
A diversidade e a produtividade são as marcas da agricultura e da pecuária no acampamento. / Prefeitura de Ortigueira
As 400 famílias do acampamento do Maila Sabrina do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), localizado em Ortigueira, norte do Paraná (PR), vão celebrar a colheita do último ano com uma grande festa neste sábado (16).
Uma celebração ecumênica vai abrir a atividade às 11h, com presença confirmada dos Bispos Bom Anuar Batisti, de Maringá, Dom Bruno Versaire Cesari, de Campo Mourão e Dom Sergio Arthur Braschi, de Ponta Grossa, além de padres e religiosas da região. Prefeitos, deputados, senadores e representantes de sindicatos e organizações sociais de todo o estado vão participar do ato político, marcado para ocorrer às 12h. O superintendente de Assuntos Fundiários do Govento do Estado também confirmou presença. 
O almoço será oferecido gratuitamente a todos os participantes, como forma de apresentar o resultado da agricultura familiar e da luta pela reforma agrária.


À noite, um baile da cultura camponesa, fará o encerramento da atividade.

Produtividade


A diversidade e a produtividade são as marcas da agricultura e da pecuária no acampamento. O último ano foram 108 mil sacas de soja e milho; 3 mil sacas de feijão; 286 toneladas de arroz, abobora, batata e legumes em geral; 900 toneladas de mandioca; 35 mil caixas de tomate, 8700 animais, entre bovinos, cabritos, cavalos e porcos. 

Essa produtividade destoa da situação da área antes da ocupação. O território de 10.600 hectares era de devastação ambiental, pela produção de búfalo, sem cumprir os critérios de reserva legal. 
As famílias, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ocuparam a área no dia 8 de janeiro de 2003. No mesmo ano, houve o pedido de reintegração de posse, que está em disputa jurídica desde então.
A área passou por quatro avaliações de preço e o dono não quer vender pelo preço de mercado. Para o MST, a solução para a disputa da área deve ser a partir do diálogo, e que seja considerado o desenvolvimento socioeconômico, educacional e cultural que as famílias conquistaram na área. O Movimento também afirma que o governo deve adquirir pelo preço de mercado.
Fonte: Brasil de Fato

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