Almoço será oferecido gratuitamente a todos, como
forma de apresentar o resultado da agricultura familiar
A diversidade e a produtividade são as marcas da agricultura e da pecuária no acampamento. / Prefeitura de Ortigueira |
As 400 famílias do
acampamento do Maila Sabrina do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
(MST), localizado em Ortigueira, norte do Paraná (PR), vão celebrar a colheita
do último ano com uma grande festa neste sábado (16).
Uma
celebração ecumênica vai abrir a atividade às 11h, com presença confirmada dos
Bispos Bom Anuar Batisti, de Maringá, Dom Bruno Versaire Cesari, de Campo
Mourão e Dom Sergio Arthur Braschi, de Ponta Grossa, além de padres e
religiosas da região. Prefeitos, deputados, senadores e representantes de
sindicatos e organizações sociais de todo o estado vão participar do ato
político, marcado para ocorrer às 12h. O superintendente de Assuntos Fundiários
do Govento do Estado também confirmou presença.
O
almoço será oferecido gratuitamente a todos os participantes, como forma de
apresentar o resultado da agricultura familiar e da luta pela reforma agrária.
À noite, um baile da cultura camponesa, fará o encerramento da atividade.
Produtividade
A diversidade e a produtividade são as marcas da agricultura e da pecuária no
acampamento. O último ano foram 108 mil sacas de soja e milho; 3 mil sacas de
feijão; 286 toneladas de arroz, abobora, batata e legumes em geral; 900
toneladas de mandioca; 35 mil caixas de tomate, 8700 animais, entre bovinos,
cabritos, cavalos e porcos.
Essa
produtividade destoa da situação da área antes da ocupação. O território de
10.600 hectares era de devastação ambiental, pela produção de búfalo, sem
cumprir os critérios de reserva legal.
As
famílias, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST),
ocuparam a área no dia 8 de janeiro de 2003. No mesmo ano, houve o pedido de
reintegração de posse, que está em disputa jurídica desde então.
A área
passou por quatro avaliações de preço e o dono não quer vender pelo preço de
mercado. Para o MST, a solução para a disputa da área deve ser a partir do
diálogo, e que seja considerado o desenvolvimento socioeconômico, educacional e
cultural que as famílias conquistaram na área. O Movimento também afirma que o
governo deve adquirir pelo preço de mercado.
Fonte:
Brasil de Fato
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