segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Liderança do governo na Assembleia tenta adiar discussão sobre cortes em secretarias


A liderança do governo na Assembleia Legislativa tenta adiar o início das discussões da reforma administrativa, que será apresentada aos deputados hoje (18), às 15h30, pela Casa Civil. A principal mudança trata da redução do número de secretarias de 28 para 15. O poder executivo pretende reforçar a imagem de “austeridade”, um dos temas centrais da campanha que levou Ratinho Junior (PSD) ao Palácio Iguaçu. A estimativa é economizar cerca de R$ 10 milhões por ano com a redução das pastas e outras medidas, como o corte de 313 cargos na estrutura do governo.
O primeiro passo para a tramitação da reforma administrativa é passar pelo crivo da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Os deputados deste grupo se reúnem todas as terças-feiras, sempre a partir de 13h30. A aprovação na CCJ é obrigatória antes da análise de outras comissões competentes; depois das avaliações o projeto pode ser discutido em Plenário.
O líder do governo na Assembleia, no entanto, tenta adiar o início das discussões para a semana que vem. O deputado Hussein Bakri (PSD) afirma que pretende discutir os pontos do projeto com a oposição antes da apreciação pelas comissões.  “Nós vamos pedir mais tempo, pedir que o projeto não entre ainda na CCJ ainda para que nós possamos discutir mais. O governo entende que a redução dos custos é necessária, a redução dos custos. E seria uma redução de 28 para 15 secretarias e isso tem que ser bastante discutido. O que nós não queremos aqui é pressa”, comentou Bakri.
Essa votação também será o primeiro teste da força que o governo terá na Assembleia Legislativa após a reestruturação da Casa. Apesar da recondução de Ademar Traiano (PSDB) à presidência, mudanças nas comissões e secretarias deixam dúvidas sobre a fidelidade dos blocos da base e da oposição.
O deputado Hussein Barki projeta a aprovação da reforma em um prazo de 30 a 40 dias – ou seja, até o final do mês que vem. O líder do governo na Assembleia lembra que ainda existem outros dois projetos enviados pelo Executivo considerados fundamentais para o “enxugamento da máquina pública”.  Bakri esclarece que “Nós vamos discutir as autarquias. Este é um segundo momento das ações do governo. Vamos discutir por exemplo, Copel, a Sanepar, pois o  desejo do governo é enxugar também essas empresas. Em um terceiro momento, nós vamos discutir os cargos regionais. São três momentos de atuação para enxugar a máquina, conforme o que foi anunciado durante a campanha do governador”.
Com estes três projetos (reforma administrativa; enxugamento das autarquias e fundações; redução dos cargos regionais) o governo espera economizar até R$ 30 milhões ao ano. O líder do governo na Assembleia reafirma que não pretende apressar as discussões e sinaliza que o Executivo evitará enviar projetos para tramitar em regime de urgência.
Fonte: Paranaportal

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