Ex-parlamentar
participou de entrevista coletiva em Berlim nesta segunda-feira (18)
Cleia Viana/Câmara dos Deputados |
O ex-deputado federal do Psol, Jean Wyllys, participou de uma
entrevista coletiva em Berlim nesta segunda-feira (18) e revelou que está
vivendo na casa de amigos na capital alemã. Wyllys disse que pretende
procurar uma bolsa de doutorado e permanecer na cidade.
Por causa de
ameaças que vinha recebendo, o então deputado anunciou em janeiro deste ano que
desistia do seu terceiro mandato consecutivo na Câmara dos Deputados e deixaria
o Brasil. Desde então, a
sua primeira aparição pública foi durante sessão do filme brasileiro Marighella
no Festival de Cinema de Berlim, na sexta-feira (15).
Segundo
o 'UOL', na entrevista desta segunda, o ex-deputado disse ter recebido oferta
de asilo político do governo francês, mas não pretende aceitar. "O asilo
político é um instituto que demora um tempo. Há outras pessoas que precisam de
asilo político. Para mim, permanecer aqui com um visto de estudante ou
pesquisador é muito melhor do que um asilo político", explicou.
O
ex-parlamentar também comentou a reação do presidente Jair Bolsonaro quando
anunciou a sua saída do Brasil.
"Ele
e seu filho, o "Zero Dois" (o senador Flávio Bolsonaro), comemoraram
nas redes sociais. Esse é o nível do presidente do Brasil", disse.
"Não basta ser um energúmeno, um incompetente, uma pessoa que esteve 30
anos no Parlamento e não produziu nada. Não basta ser um imbecil e incompetente
que nada sabe sobre economia, políticas de saúde, educação, moradia e
infraestrutura. Tem que ser esse debochado, esse moleque que trata a democracia
dessa maneira. Ele só confirmou a minha decisão, só me deu razão de que, de
fato, o Brasil não era mais o lugar para mim", afirmou Wyllys.
O
político ainda lamentou a forma como Bolsonaro vem conduzindo o governo.
Um presidente deve cuidar da população de seu país. Depois de
eleito, ele é responsável pela população. Mas esse sujeito ainda não age como
presidente da República. Ele continua agindo como se ainda estivesse em
campanha. Tratando as 40 milhões de pessoas que não lhe deram votos, que
votaram nos outros candidatos, como inimigos."
Fonte:
Notícias ao Minuto
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