O ministro Gilmar Mendes, do STF afirmou em entrevista aquilo
que circula desde 2016 nos bastidores do mundo político: há chantagem contra a
Suprema Corte; em entrevista à revista Época, Mendes disse que pelo menos um
ministro do STF é alvo de chantagens por uma das operações judiciais em curso
no país -ele não disse qual é esta operação, mas deu indicações de que seria a
Lava Jato: "A toda hora plantavam e plantaram que esse ministro estava
delatado. Qual a intenção? Isso é uma forma de atemorizar, porque essa gente
perdeu o limite. Este ministro ficou refém deles."
247 - O ministro Gilmar Mendes, do
Supremo Tribunal Federal afirmou em entrevista aquilo que circula desde 2016
nos bastidores do mundo político: há chantagem contra o STF. Em entrevista à revista Época, Mendes disse que pelo menos
um ministro do STF é alvo de chantagens por uma das operações judiciais em
curso no país -ele não disse qual é esta operação, mas deu indicações de que
seria a Lava Jato. O ministro afirmou: "a toda hora plantavam e
plantaram que esse ministro estava delatado. Qual a intenção? Isso é uma forma
de atemorizar, porque essa gente perdeu o limite. Este ministro ficou refém
deles."
Gilmar
Mendes falou aos jornalistas Guilherme Amado e Daniela Pinheiro e está na
edição da revista Época que chega nesta sexta-feira (22) às bancas. Ele fez
outras graves acusações: auditores da Receita Federal praticam
"pistolagem" para outras instituições; procuradores da Lava Jato – em
especial Deltan Dallagnol -, que, segundo o ministro, estariam intimidando
Raquel Dodge, num processo que ele denominou de institucionalização de
milícias.
Reportagem
publicada na Fórum destaca:
"alvo da Operação Calicute, Mendes e a mulher, Guiomar, dizem que estão
sendo perseguidos por auditores da Receita. A justificativa do Fisco para
devassar as contas do ministro era uma 'análise de interesse fiscal' para
investigar possíveis fraudes de 'corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de
patrimônio ou tráfico de influência'. O Imposto de Renda de ambos vazou, e 18
pessoas, entre parentes e conhecidos, foram listadas como potenciais
investigados no caso."
Mendes
ainda declarou: "coisa como isso aqui, para começar a venda de
informações, para virar uma milícia, é um passo. Tenho certeza de que já há
muitos empresários sendo achacados por fiscais que tocam investigações, que não
se sabe por que nem para quê."
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