Os dados desagregados do Monitor do PIB apurado pelo
Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas indicam claramente
o processo de destruição da economia do país e de ataque aos mais pobres desde
que a direita chegou ao poder com o golpe contra Dilma Roussef em 2015-16; o
PIB per capita do país em 2018 recuou nada menos que oito anos, aos níveis de
2010, primeiro ano do governo Dilma; a queda, foi brutal a partir de 2015, ano
em que o governo de Dilma foi inviabilizado pelas elites
247 - Os dados
desagregados do Monitor do PIB apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da
Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) indicam claramente o processo de destruição
da economia do país e de ataque aos mais pobres desde que a direita chegou ao
poder com o golpe contra Dilma Roussef em 2015-16. O Produto Interno Bruto
(PIB) per capita do país em 2018 recuou nada menos que oito anos, aos níveis de
2010, primeiro ano do governo Dilma. A queda, foi brutal a partir de 2015, ano
em que o governo de Dilma foi inviabilizado pelas elites.
A reportagem do jornal Estado de S.Paulo
revela que, com o crescimento de apenas 1,1%, como apontam as previsões, se
levada em consideração a geração de riqueza por habitante, o PIB per capita
mostra um cenário ainda pior, com desempenho inferior ao de 2010.
O PIB
per capita deve encerrar 2018 em R$ 32.443, a valores de 2018, ante os R$
33.923 registrados oito anos antes. O mau desempenho explica-se pelo fato de a
atividade econômica não ter acompanhado o crescimento populacional no
período. “O PIB diminuiu, e a população ainda cresceu. Então somando
os dois a situação fica ainda pior”, explicou Juliana Cunha, analista do Núcleo
de Contas Nacionais do Ibre/FGV.
Os
dados mostram que a atividade econômica está muito distante de recuperar o que
foi perdido durante a crise, ressaltou Claudio Considera, coordenador do
Monitor do PIB. Se confirmado o crescimento de 1,1% em 2018, o PIB ainda
precisará avançar 5% para retornar ao pico alcançado em 2014.
A
reportagem de Daniela Amorim ainda aponta que o Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) previa uma alta de 1,3% no PIB de 2018, mas admite que o
resultado deve ficar aquém do estimado, entre 1,1% ou 1,2%. O resultado oficial
será divulgado amanhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Lentidão para sair da crise chama atenção de especialista
O Ipea
projeta para este ano um avanço de 2,7%, mas acredita que o PIB volte ao pico
apenas no ano seguinte, em 2020. “A economia está enfrentando mais dificuldade
para voltar ao patamar anterior ao da recessão. Nas recessões anteriores, essa
saída foi mais rápida. Desta vez, já se passaram 18 trimestres e (a economia)
ainda não chegou lá”, lembrou Claudio Considera.
“Chama
a atenção a lentidão dessa recuperação. Passamos por crises longas, mas a maior
novidade é o quanto não temos conseguido recuperar essas perdas tão rápido
quando em 81 e 89”, ressalta Considera.
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