O deputado Rogério Correia (PT-MG) inicia nesta terça-feira
(12) a coleta de assinaturas de parlamentares para entrar com um projeto de
decreto legislativo convocando um plebiscito pela reestatização da Vale, após
uma barragem da mineradora se romper em Brumadinho (MG), deixando 165 mortos
até o momento; a empresa foi privatizada em 1997 durante o governo FHC; segundo
o parlamentar, a ideia é "garantir que o lucro obtido seja destinado ao
desenvolvimento soberano e sustentável do Brasil"; assista ao vídeo
247 - O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) inicia
nesta terça-feira (12/2) a coleta de assinaturas de parlamentares para entrar
com um projeto de decreto legislativo convocando um plebiscito pela
reestatização da Vale. O parlamentar propõe a medida, após uma barragem da
mineradora se romper no último dia 25, deixando 165 mortos até o momento, sendo
a maior tragédia ambiental da história do Brasil. A empresa, privatizada em
1997 durante o governo Fernando Henrique Cardoso, já perdeu mais de R$ 70
bilhões em valor de mercado por causa da catástrofe.
“O povo
brasileiro deve decidir sobre essa questão”, justifica o congressista. São
necessárias 171 assinaturas de deputados na Câmara para o projeto de decreto
legislativo iniciar sua tramitação. Precisará de maioria simples na Câmara e no
Senado para, a partir daí, chegar à população via plebiscito.
Na
justificativa para o projeto, o deputado federal mineiro lembra as tragédias
ambientais em Mariana e Brumadinho, as duas ocorridas apenas nos últimos três
anos e meio, com centenas de vítimas fatais e danos irreparáveis ao meio
ambiente.
“Para
resgatar sua função estratégica ao desenvolvimento de nossa indústria, retomar
a construção planejada da malha ferroviária, garantir todos os cuidados com a
segurança da população e do meio ambiente, garantir que o lucro obtido seja
destinado ao desenvolvimento soberano e sustentável do Brasil, propomos este
plebiscito que dará ao povo brasileiro a oportunidade de decidir”, afirma
Correia na justificativa do projeto.
A Vale
foi criada no governo Getúlio Vargas em 1942, em Itabira (MG), para a
exploração das minas de ferro na região. Foi privatizada em maio de 1997, no
governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), por US$ 3,3 bilhões. O valor
representa menos do que o lucro líquido registrado pela empresa em apenas um
ano – em 2017 (ano do último balanço anual divulgado até o momento), o lucro
líquido da Vale foi de R$ 17,6 bilhões.
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