segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Caso Queiroz-Bolsonaro muda de mãos e tem cheiro de pizza


As investigações sobre o caso Fabrício Queiroz-Flávio Bolsonaro estão mudando de mãos no Ministério Público do Rio de Janeiro; elas estão saindo do comando do procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, e sendo encaminhadas a uma promotoria de investigação penal, com promotores de Justiça que trabalham em uma central de inquéritos; mudança acontece imediatamente depois da posse de Flávio Bolsonaro como senador, que aconteceu na última sexta-feira; quando parecia que o clã Bolsonaro sofrera uma derrota com a negativa do foro privilegiado a Flávio pelo ministro Marco Aurélio Mello, a virada de mesa indica que as investigações poderão tornar-se inócuas
247 - As investigações conduzidas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro sobre os depósitos suspeitos na conta do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e o papel representado por seu ex-assessor Fabrício Queiroz, que movimentou R$ 7 milhões em um período de três anos em sua conta, acabam de mudar de mãos no órgão. "Estava sob o comando de Eduardo Gussem, o procurador-geral de Justiça, mas por causa da posse do "01" na sexta-feira, o chamado 'procedimento de investigação criminal' está sendo encaminhado a uma promotoria de investigação penal, com promotores de Justiça que trabalham perante a uma central de inquéritos", informa nota publicada por Lauro Jardim.
A alteração favorece o filho do presidente da República porque Gussem já estava inteirado sobre o caso, que terá agora o comando de quem precisará iniciar o trabalho desde o início. Além disso, a defesa do agora senador, que tomou posse na última sexta-feira (1), havia pedido a saída do procurador-geral de Justiça da investigação.
Gussem chegou a contradizer Flávio ao afirmar que o MP-RJ não havia quebrado seus sigilos, como argumentou o então deputado estadual em uma entrevista ao SBT. O procurador-geral também sustentou que a investigação poderia continuar mesmo sem os depoimentos de Fabrício Queiroz e do próprio parlamentar - que não compareceram ao órgão para dar satisfações sobre o caso.
A vitória parcial de Flávio ocorre pouco depois de uma derrota para o parlamentar, na última sexta - a negativa do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, em suspender as investigações de seu caso, revogando decisão do colega Luiz Fux. Além das movimentações suspeitas, outra denúncia publicada pelo jornal O Globo aponta que Flávio empregou, em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), a mãe e a esposa do chefe do Escritório do Crime, o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, suspeito de ter assassinado a vereadora Marielle Franco.


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