As investigações sobre o caso Fabrício Queiroz-Flávio
Bolsonaro estão mudando de mãos no Ministério Público do Rio de Janeiro; elas
estão saindo do comando do procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, e sendo
encaminhadas a uma promotoria de investigação penal, com promotores de Justiça
que trabalham em uma central de inquéritos; mudança acontece imediatamente
depois da posse de Flávio Bolsonaro como senador, que aconteceu na última
sexta-feira; quando parecia que o clã Bolsonaro sofrera uma derrota com a
negativa do foro privilegiado a Flávio pelo ministro Marco Aurélio Mello, a
virada de mesa indica que as investigações poderão tornar-se inócuas
247 - As investigações
conduzidas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro sobre os depósitos
suspeitos na conta do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e o papel representado
por seu ex-assessor Fabrício Queiroz, que movimentou R$ 7 milhões em um período
de três anos em sua conta, acabam de mudar de mãos no órgão. "Estava sob o
comando de Eduardo Gussem, o procurador-geral de Justiça, mas por causa da
posse do "01" na sexta-feira, o chamado 'procedimento de investigação
criminal' está sendo encaminhado a uma promotoria de investigação penal, com
promotores de Justiça que trabalham perante a uma central de inquéritos",
informa nota publicada por Lauro Jardim.
A
alteração favorece o filho do presidente da República porque Gussem já estava
inteirado sobre o caso, que terá agora o comando de quem precisará iniciar o
trabalho desde o início. Além disso, a defesa do agora senador, que tomou posse
na última sexta-feira (1), havia pedido a saída do procurador-geral de Justiça
da investigação.
Gussem
chegou a contradizer Flávio ao afirmar que o MP-RJ não havia quebrado seus
sigilos, como argumentou o então deputado estadual em uma entrevista ao SBT. O
procurador-geral também sustentou que a investigação poderia continuar mesmo
sem os depoimentos de Fabrício Queiroz e do próprio parlamentar - que não
compareceram ao órgão para dar satisfações sobre o caso.
A
vitória parcial de Flávio ocorre pouco depois de uma derrota para o
parlamentar, na última sexta - a negativa do ministro Marco Aurélio Mello,
do STF, em suspender as investigações de seu caso, revogando decisão do colega
Luiz Fux. Além das movimentações suspeitas, outra denúncia publicada pelo
jornal O Globo aponta que Flávio empregou, em seu gabinete na Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), a mãe e a esposa do chefe do Escritório
do Crime, o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, suspeito de
ter assassinado a vereadora Marielle Franco.
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