Após expulsar médicos cubanos do País, o governo Jair
Bolsonaro decidiu encerrar o Programa Mais Médicos e substituí-lo por um plano
de carreira que torne as regiões vulneráveis mais atrativas aos profissionais;
a informação é de Mayra Pinheiro, secretária de gestão no trabalho e educação
em saúde do Ministério da Saúde, cargo responsável pelo programa; depois de
eleito, Bolsonaro afirmou ser contra o programa, que, segundo ele, submete
médicos ao trabalho escravo
247 - Depois de expulsar médicos cubanos do País, o governo
Jair Bolsonaro decidiu encerrar o Programa Mais Médicos e substituí-lo por um
plano de carreira que torne as regiões de difícil provimento mais atrativas aos
profissionais, de acordo com Mayra Pinheiro, secretária de gestão no
trabalho e educação em saúde do Ministério da Saúde, cargo responsável pelo
Mais Médicos. Ainda não dá detalhes sobre como seria esse plano. Este era o
pedido feito pelas entidades médicas. O País ainda tem 1.462 vagas sem
profissionais, mas a expectativa do Ministério da Saúde é que elas sejam
preenchidas nesta semana, quando os cerca de 3.700 médicos brasileiros formados
no exterior que se inscreveram no edital poderão escolher os municípios onde
atuarão.
Mesmo com um
projeto de encerramento do programa em andamento, os médicos que atuam no
projeto poderão continuar em seus postos de trabalho até o final de seus
contratos, que tem duração de três anos. "Todas as vagas do atual edital
foram completadas por brasileiros inscritos. E esse deverá ser o último edital
do programa, que será substituído pela carreira federal em áreas de difícil
provimento e que está em elaboração", afirmou Mayra Pinheiro ao jornal El País.
Criado
em 2013 no governo Dilma Rousseff, o Mais Médicos tem como objetivo era
levar profissionais para áreas mais vulneráveis do país, que sempre tiveram
dificuldades de reter profissionais.
Em
novembro, após ser eleito, Bolsonaro disse que sempre foi contra o programa
"primeiro por uma questão humanitária, 70% [do dinheiro] ficam com o
governo deles, e não temos a menor comprovação de que eles realmente sabem o
que estão fazendo". "É trabalho escravo e eu não vou convidar pra
ficar",disse. "É trabalho escravo e eu não vou convidar para
ficar", afirmou Bolsonaro depois, em coletiva no Centro Cultural Banco do
Brasil (CCBB).
Com a
ocupação total das vagas ocupadas pelos médicos brasileiros nesta semana, como
previsto por Mayra, os profissionais estrangeiros inscritos, que deveriam
escolher as cidades nos dias 18 e 19 deste mês, não devem participar do
programa. Entre eles, estão cerca de 2.000 médicos cubanos. O governo estuda
ajuda humanitária por meio do Ministério da Justiça para essas pessoas.
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