De acordo com o deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF), a
decisão do ministro do STF Luiz Fux, de suspender as investigações do MP-RJ
contra Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro
(PSL-RJ) ) "escancara a relação promíscua entre os poderes e os interesses
mais inconfessáveis de bom relacionamento entre o ministro e a família do
presidente"
247 - O deputado
distrital Chico Vigilante (PT-DF) criticou a decisão do ministro do Supremo
Tribunal Federal Luiz Fux, de suspender as investigações do Ministério Público
do Rio de Janeiro (MP-RJ) contra Fabrício Queiroz, ex-assessor do deputado
estadual no estado Flávio Bolsonaro (PSL), senador eleito e filho do presidente
Jair Bolsonaro. Segundo o parlamentar do PT-DF, a decisão "escancara a
relação promíscua entre os poderes e os interesses mais inconfessáveis de bom
relacionamento entre o ministro e a família do presidente, que fará mais de uma
dezena de indicações às cortes superiores do poder judiciário, em seu
mandato".
"Curioso
é que não foi Queiroz quem pediu a suspensão, mas o próprio filho do presidente
da República. Ou seja, demonstrando medo da investigação, o filho do
presidente, senador eleito, corre ao STF e encontra a proteção injustificada e
absurda do ministro Fux. O que teme Flávio Bolsonaro? Por que não depõe e
explica a íntima relação de Queiroz com Jair e seus filhos?", questionou
Vigilante em nota.
Segundo
o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Queiroz fez uma
movimentação atípica superior a R$ 1,2 milhão entre 2016 e 2017.
"O
ex-assessor Queiroz já faltou aos depoimentos e justificou-se com uma
internação para tratar uma suspeita e conveniente doença. Já apareceu dançando
cinicamente com sua família, dentro do Hospital Albert Einstein, incompatível
com sua situação financeira e, coincidentemente, o mesmo no qual o presidente,
então candidato, esteve internado para recuperar-se do também conveniente
esfaqueamento, que o permitiu fugir de debates e fazer papel de vítima",
continuou o parlamentar do PT-DF.
Segundo
o distrital, "Queiroz tem contra si todos os indícios de que organizava um
esquema de arrecadação ilegal de salários de assessores, inclusive, de
familiares que tinham outras ocupações, e lavagem de dinheiro para fins
políticos ou de enriquecimento ilícito".
"Assim
como a prisão de Lula, e o indeferimento de sua candidatura, ao arrepio da lei
e da jurisprudência eleitoral do TSE, essa decisão escancara a ausência de
isenção de certos ministros do STF e demais tribunais. Cada vez mais fica claro
o estado de exceção que vivenciamos e que só a luta do povo pode recuperar o
estado democrático de direito, para o povo e a Nação".
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