quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Vigilante: decisão de Fux escancara relação promíscua entre ele e a família Bolsonaro


De acordo com o deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF), a decisão do ministro do STF Luiz Fux, de suspender as investigações do MP-RJ contra Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) ) "escancara a relação promíscua entre os poderes e os interesses mais inconfessáveis de bom relacionamento entre o ministro e a família do presidente"
247 - O deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF) criticou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux, de suspender as investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) contra Fabrício Queiroz, ex-assessor do deputado estadual no estado Flávio Bolsonaro (PSL), senador eleito e filho do presidente Jair Bolsonaro. Segundo o parlamentar do PT-DF, a decisão "escancara a relação promíscua entre os poderes e os interesses mais inconfessáveis de bom relacionamento entre o ministro e a família do presidente, que fará mais de uma dezena de indicações às cortes superiores do poder judiciário, em seu mandato".
"Curioso é que não foi Queiroz quem pediu a suspensão, mas o próprio filho do presidente da República. Ou seja, demonstrando medo da investigação, o filho do presidente, senador eleito, corre ao STF e encontra a proteção injustificada e absurda do ministro Fux. O que teme Flávio Bolsonaro? Por que não depõe e explica a íntima relação de Queiroz com Jair e seus filhos?", questionou Vigilante em nota.
Segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Queiroz fez uma movimentação atípica superior a R$ 1,2 milhão entre 2016 e 2017.
"O ex-assessor Queiroz já faltou aos depoimentos e justificou-se com uma internação para tratar uma suspeita e conveniente doença. Já apareceu dançando cinicamente com sua família, dentro do Hospital Albert Einstein, incompatível com sua situação financeira e, coincidentemente, o mesmo no qual o presidente, então candidato, esteve internado para recuperar-se do também conveniente esfaqueamento, que o permitiu fugir de debates e fazer papel de vítima", continuou o parlamentar do PT-DF.
Segundo o distrital, "Queiroz tem contra si todos os indícios de que organizava um esquema de arrecadação ilegal de salários de assessores, inclusive, de familiares que tinham outras ocupações, e lavagem de dinheiro para fins políticos ou de enriquecimento ilícito".
"Assim como a prisão de Lula, e o indeferimento de sua candidatura, ao arrepio da lei e da jurisprudência eleitoral do TSE, essa decisão escancara a ausência de isenção de certos ministros do STF e demais tribunais. Cada vez mais fica claro o estado de exceção que vivenciamos e que só a luta do povo pode recuperar o estado democrático de direito, para o povo e a Nação".


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