Foto: Divulgação AEN |
O ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedeu na manhã desta terça-feira (29) a liberdade para que Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete de Beto Richa (PSDB), preso desde 11 de setembro pela Lava Jato, responda ao processo em liberdade. A informação foi confirmada pelo advogado de Roldo, Roberto Brzezinski.
Segundo Brzezinski, a Vara de Execuções Penais
da Justiça Federal em Curitiba deve ser comunicada da decisão do ministro ainda
nesta terça-feira. Com isso, Deonilson deve ganhar liberdade ainda hoje. A
íntegra do despacho do ministro será publicada apenas no dia 4 de fevereiro.
Deonilson é suspeito de comandar o esquema de
favores em troca de recebimento de propina em forma de doação para campanhas do
tucano e foi alvo da 53ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Piloto.
O então chefe de gabinete de Beto Richa foi
flagrado, em áudios revelados pela revista IstoÉ, tentando convencer Pedro
Rache, diretor-executivo da Contern a abrir mão da participação em uma
licitação que já estaria prometida para a Odebrecht. Após as negociações,
o Grupo Bertin desistiu da obra. A Odebrecht concorreu sozinha e
venceu a licitação em 2014. Em troca do contrato, com duração de 30
anos, a Odebrecht acertou o repasse R$ 4 milhões, via caixa 2, para a
campanha de reeleição de Beto Richa em 2014.
Operação Piloto
A Operação Piloto, apura o pagamento de R$ 4
milhões em propinas pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, em favor
de agentes públicos e privados do Paraná. Em contrapartida a empreiteira teria
sido beneficiada na licitação para as obras da rodovia estadual PR-323, no
interior do Estado, no ano de 2014. O dinheiro teria ajudado a financiar a
campanha de reeleição do ex-governador do estado em 2014.
A operação teve um novo desdobramento na última
sexta-feira (25), com a deflagração da 58ª fase da Lava Jato, e a prisão de
Beto Richa. Ontem, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou o
tucano, o ex-secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná e
irmão de Beto, Pepe Richa e mais 31 pessoas por desviar R$ 8,4 bilhões por meio
de supressões em obras rodoviárias em concessões no Anel de Integração.
> Beto Richa e mais 32 são denunciados por lavagem e
organização criminosa na Lava Jato
> “Corrupção no pedágio deixou um rastro de sangue e morte nas rodovias”, afirma Dallagnol
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Fonte:
Paranaportal
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