O sociólogo Celso Rocha de Barros faz uma 'demolição' do
governo Bolsonaro com cifras apimentadas de ironia e deboche, em texto
antológico; ele diz: "depender de Bolsonaro para participar da vida
política nacional é uma tristeza. Alguém acha que os generais gostam de
participar de reuniões com os filhos do presidente, os discípulos de Olavo de
Carvalho, o Onyx? Duvido"; e prossegue: "E as últimas semanas mostram
que há vantagens em participar de um governo de gente que não passa em
psicotécnico. Afinal, as chances de parecer moderado são excelentes"
247- O sociólogo Celso Rocha de
Barros faz uma 'demolição' do governo Bolsonaro com cifras apimentadas de
ironia e deboche, em texto antológico. Ele diz: "depender de Bolsonaro para participar da vida política nacional
é uma tristeza. Alguém acha que os
generais gostam de participar de reuniões com os filhos do presidente, os
discípulos de Olavo de Carvalho, o Onyx? Duvido". E prossegue: "E as
últimas semanas mostram que há vantagens em participar de um governo de gente
que não passa em psicotécnico. Afinal, as chances de parecer moderado são
excelentes."
Em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo,
Rocha de Barros relembra o estopim de seu raciocínio: "algumas semanas atrás, os sites chapa-branca deram um
escândalo porque um dos "Manuais do Candidato" para o concurso do
Itamaraty tinha uma passagem desabonadora sobre Bolsonaro. O texto, do historiador João Daniel Lima de Almeida
(grande fera, aliás), lamentava que a participação dos militares na discussão
sobre o desenvolvimento brasileiro tivesse se tornado tão apagada que o único
representante da categoria no debate nacional fosse Bolsonaro, um homofóbico
convicto. Antes que os bolsonaristas
comecem a chorar de novo, esclareço: no ano em que o texto foi escrito (2013),
Bolsonaro declarou que se orgulhava de ser homofóbico (está no YouTube). A
afirmação de Almeida é factualmente correta."
E
acrescenta: "mas o importante não é
isso, o importante é o seguinte: todos os oficiais das Forças Armadas sabem que
Almeida tem razão. Depender de Bolsonaro
para participar da vida política nacional é uma tristeza. Alguém acha que os generais gostam de participar de
reuniões com os filhos do presidente, os discípulos de Olavo de Carvalho, o
Onyx? Duvido. Mas pensaram os generais:
se a vida lhe dá um amigo do Queiroz, faça uma laranjada."
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