O sociólogo Celso Rocha de Barros afirma que o volume de
evidências do envolvimento de Flávio Bolsonaro com as milícias é tal que se
torna difícil acreditar em perseguição ou inocência; ele diz: "a esta
altura, é difícil não concluir que Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio
Bolsonaro, é enrolado com milícias. O jornal O Globo descobriu que, quando o
escândalo dos depósitos suspeitos veio à luz, Queiroz se escondeu na comunidade
do Rio das Pedras, berço das milícias cariocas, onde sua família operaria um
negócio de transporte alternativo (atividade tipicamente controlada por
milicianos)"
247 - O sociólogo Celso Rocha
de Barros afirma que o volume de evidências do envolvimento de Flávio Bolsonaro
com as milícias é tal que se torna difícil acreditar em perseguição ou
inocência. Ele diz: "a esta altura,
é difícil não concluir que Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, é
enrolado com milícias. O jornal O Globo descobriu que, quando o escândalo dos
depósitos suspeitos veio à luz, Queiroz se escondeu na comunidade do Rio das Pedras,
berço das milícias cariocas, onde sua família operaria um negócio de transporte
alternativo (atividade tipicamente controlada por milicianos)."
Em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo,
Rocha de Barros narra passagens do noticiário carioca sobre milícias e crime:
"a jornalista Malu Gaspar, da
revista piauí, apurou que Queiroz foi colega de batalhão de Adriano da Nóbrega,
foragido da polícia e acusado de liderar a milícia Escritório do Crime, sob o
comando de um coronel envolvido com a máfia dos caça-níqueis (outra atividade
típica de milícia). A polícia e o
Ministério Público cariocas suspeitam que o Escritório do Crime matou Marielle
Franco, a da placa que os bolsonaristas volta e meia rasgam às gargalhadas.
Adriano da Nóbrega é foragido da polícia."
Rocha
de Barros prossegue: "e, antes que os bolsonaristas digam que não
acreditam em polícia, Ministério Público ou imprensa que não entreviste
Bolsonaro de joelhos, lembrem-se do que disse Flávio Bolsonaro, o zero-um:
Fabrício Queiroz, segundo o filho do presidente da República, lhe indicou a mãe
e a mulher de Adriano da Nóbrega para cargos de assessoria em seu gabinete. Repetindo: essa é a versão oficial, em que o único pecado
da família presidencial foi amar demais o Queiroz."
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