O PT soltou uma nota de repúdio reclamando o direito de Lula
enterrar o irmão Vavá (Genival Inácio da Silva); a nota diz: "usurpar o
direito de um cidadão de velar e enterrar um ente querido pode ser considerada
uma das atitudes mais cruéis. Mas no Brasil de Sérgio Moro e da Lava Jato, tudo
vale quando se pretende perseguir uma pessoa. Nesse caso, o Lula".
Perseguição explícita reforça a campanha, lançada por Adolfo Perez Esquivel,
para que Lula receba o Prêmio Nobel da Paz em 2019
247 - O PT soltou uma nota de repúdio ao
gesto cínico da justiça brasileira que negou o direito de Lula enterrar o irmão
Vavá (Genival Inácio da Silva). A nota diz: "usurpar o direito de um cidadão de velar e enterrar um ente
querido pode ser considerada uma das atitudes mais cruéis. Mas no Brasil de Sérgio
Moro e da Lava Jato, tudo vale quando se pretende perseguir uma pessoa. Nesse
caso, o Lula". O texto ainda relembra a sequência de violações de direitos
que se acumula na perseguição irracional a Lula: "proibiram visita médica, visitas de amigos, advogados,
assessoria espiritual, proibiram até entrevistas, mas dessa vez, a (in) Justiça
brasileira chegou a seu limite."
A
nota continua: "depois de várias horas de empurra-empurra – com um quase
claro objetivo de fazer perder o objeto do pedido da defesa (enterrar o irmão)
– a Polícia Federal negou a Lula o direito de velar seu irmão mais velho, morto
por um câncer.
O absurdo chegou nas redes
sociais, que levaram a hashtag #LiberemLula aos assuntos mais discutidos no
Twitter. Também indignou juristas, lideranças e brasileiras e brasileiros que
têm o mínimo de humanidade e respeito às leis e aos direitos humanos. Vale lembrar
que, nem mesmo durante a Ditadura – quando Lula foi preso político – ele foi
impedido de tal direito e velou sua mãe, Dona Lindu."
O
site do partido ainda explica o jogo de empurra que caracterizou a violação do
direito de Lula:
"Entenda
o jogo de empurra protagonizado por várias instâncias da Justiça brasileira.
Entenda
o empurra-empurra da (in)justiça
No fim da tarde desta terça-feira (29),
a defesa de Lula entrou com um pedido liminar de habeas corpus para que o
ex-presidente pudesse ir ao velório de Vavá, seu irmão mais velho que faleceu
em decorrência de um câncer nos vasos sanguíneos.
Os advogados pedem o mesmo direito reservado a Lula na morte de sua mãe, em
1980, quando estava preso no regime militar: o adeus a um parente. Contudo, a
justiça brasileira mostra que não respeita nem mesmo o luto por um parente
morto e joga a decisão sobre a saída de Lula de um lado para o outro.
No
documento elaborado pela defesa consta que "deve ser assegurado ao
Paciente o direito de comparecer ao velório e ao sepultamento de seu irmão,
como previsto de forma cristalina no artigo 120, inciso I, da Lei nº 7.210/84
(Lei de Execução Penal)."
A
juíza de execução penal Carolina Lebbos, por sua vez, pediu um parecer do
Ministério Público Federal, e como resposta, o Procurador da República do
Ministério Público Federal (MPF), Januário Paludo, enviou um breve texto no
qual solicita relatório técnico antes de validar a soltura de Lula, o que, por
si só, já atrasaria a ida de Lula ao velório.
Apenas
às 20h47, Lebbos deu um novo despacho afirmando que necessitaria aguardar o
parecer do Ministério Público Federal e uma autorização da Superintendência da
Polícia Federal para tomar a sua decisão. A Polícia Federal acabou por negar,
absurdamente, a ida do ex-presidente alegando "dificuldade de
transporte". Sabe-se, nos bastidores, que Sérgio Moro, o ministro de
Bolsonaro – aquele que se encontrou com sua equipe durante a campanha e fez
lobby para o atual governo – tem forte influência na superintêndencia. Mas a
desculpa da PF não se concretiza já que, segundo a Folha de S. Paulo, o PT
teria oferecido transporte."
Perseguição
explícita reforça a campanha, lançada por Adolfo Perez Esquivel, para que Lula
receba o Prêmio Nobel da Paz em 2019.
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