Parlamentares do
PT protocolaram petição junto à Procuradoria-geral da República cobrando
apuração do órgão sobre os fatos trazidos a público pelo relatório do Coaf
(Conselho de Controle de Atividades Financeiras) do Ministério da Fazenda e as
apurações do Ministério Público do Rio de Janeiro; para os parlamentares, há
indícios de condutas que "podem se adequar a fatos tipificados em nossa
legislação penal", como corrupção passiva, formação de quadrilha, abandono
de função (crime dos funcionários "fantasmas"), entre outros
247 - Parlamentares
do PT protocolaram representação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR),
nesta segunda-feira (14), cobrando providências da Procuradora-geral, Raquel
Dodge, com relação aos possíveis atos ilícitos cometidos pela família Bolsonaro
que podem ter como pivô central o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz e
sua filha, Nathalia Queiroz.
De
acordo com os parlamentares, os fatos trazidos a público pelo relatório do Coaf
(Conselho de Controle de Atividades Financeiras) do Ministério da Fazenda e as
apurações do Ministério Público do Rio de Janeiro, apontam indícios de condutas
que "podem se adequar a fatos tipificados em nossa legislação penal",
como corrupção passiva, formação de quadrilha, abandono de função (crime dos
funcionários "fantasmas"), entre outros.
Segundo
relatório do Coaf, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão, valores considerados
atípicos e incompatíveis com o seu rendimento. Além disso, entre as
movimentações financeiras suspeitas, inclui o depósito de R$ 24 mil na conta da
esposa do presidente Jair Bolsonaro. O relatório do Coaf também foi protocolado
junto à PGR.
Na
petição, os parlamentares também citam as suspeitas lançadas sobre a filha do
ex-assessor, Nathalia Queiroz, que trabalhava como personal trainer em horário
comercial na mesma época em que estava nomeada no gabinete parlamentar do atual
presidente da República. Nathalia também figura no mesmo relatório do Coaf e
teria repassado ao pai R$ 84 mil, que também recebia depósitos de outros
funcionários dos gabinetes de Jair e de Flávio Bolsonaro, este, na Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro.
"Os
fatos apontam para indícios de lesão ao erário, sobretudo, se não comprovada a
efetiva prestação de serviços por parte da Sra. Nathalia Queiroz, o que ainda
pode revelar envolvimento em condutas ainda mais graves", diz a
representação.
Assinam
a peça a presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o senador
Humberto Costa (PT-PE) e os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP), Carlos
Zarattini (PT-SP), Enio Verri (PT-PR), Paulo Teixeira (PT-SP) e Rui Falcão
(PT-SP), que assumirá o mandato em fevereiro.
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