O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), usou 80
notas fiscais da empresa de consultoria pertencente a um amigo, Cesar
Augusto Ferrão Marques, técnico em contabilidade filiado ao DEM; o titular da
pasta tinha como objetivo receber RS 317 mil em verbas de gabinete da
Câmara entre 2009 e 2018; dentre as 80 notas, 29 foram emitidas em
sequência, o que sinaliza que Onyx teria sido o único cliente da firma; é o
terceiro escândalo que envolve Onyx em poucos meses
247 - O ministro
da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), usou 80 notas fiscais da empresa de
consultoria Office RS Consultoria Sociedade Simples pertencente a um
amigo, Cesar Augusto Ferrão Marques, técnico em contabilidade filiado ao
DEM, o partido de Onyx. O titular da pasta tinha como objetivo receber RS
317 mil em verbas de gabinete da Câmara dos Deputados entre 2009 e 2018.
Entre as 80 notas, 29 foram emitidas em sequência, o que sinaliza que Onyx
teria sido o único cliente da firma.
Marques,
que não tem registro no Conselho Regional de Contabilidade, também
trabalhou em campanhas políticas do parlamentar. Ele é o responsável pela
contabilidade do DEM no Rio Grande do Sul. As informações foram publicadas pelo
jornal Zero Hora.
A
empresa está inapta na Receita Federal por omissão de valores ao fisco e tem R$
117 mil em dívidas tributárias. Entre janeiro de 2013 e agosto de 2018, não
recolheu impostos, apesar de ter emitido 41 notas a Onyx.
Ao
jornal gaúcho, Marques confirmou que trabalha com Onyx há quase 30 anos como
consultor tributário. Segundo ele, o ministro não é o seu único cliente.
Marques, que tem outra empresa, disse que emite parte das notas fiscais por uma
empresa ou por outra devido a questões tributárias.
Em nota
oficial, Onyx negou irregularidades. "A empresa sempre prestou os serviços
e recebeu por eles, na forma da lei. Trata-se de consultoria tributária - não
apenas para projetos meus e sim aconselhamento para todos os projetos em
destaque nesta questão", afirmou, acrescentando que a empresa faz o
acompanhamento da execução do orçamento geral da União para fins de emendas
parlamentares.
"Com
relação aos recursos da campanha eleitoral, cabe esclarecer que a empresa
prestou serviços para o partido e todos os candidatos".
É o
terceiro escândalos envolvendo Onyx em poucos meses. Ele confessou ter
embolsado R$100 mil reais em 2014 (quase R$130 mil em valores atuais).
Vale
lembrar que, na época em que era relator do projeto Dez Medidas Contra a
Corrupção, ele apresentou proposta para reduzir penas para o crime de caixa 2.
Depois, pediu perdão, num vídeo nas redes sociais: "Final da campanha,
reta final, a gente cheio de dívidas com fornecedores, pessoas, eu usei o
dinheiro".
O
valor, entretanto, é diferente do informado por delatores, que falam em R$ 200
mil em espécie, entregues pelo presidente da Associação Brasileira de
Exportadores de Carne Bovina, Antônio Jorge Camardelli, em 12 de setembro
daquele ano.
Ele
também foi investigado por receber 175 mil reais da Odebrecht para sua campanha
de deputado, em 2006. Lorenzoni era identificado pelo apelido 'Inimigo' na
planilha de pagamentos ilícitos da empreiteira. O caso acabou arquivado a
pedidos de Raquel Dodge, chefe da PGR.
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