segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

O que Ratinho pensa sobre segurança pública


O governador Ratinho Jr. reconheceu que um dos desafios para melhorar a segurança pública está em enfrentar com o urgência a superlotação dos presídios paranaenses. Como as penitenciárias não dão conta de abrigar todos os condenados, as cadeias da Polícia Civil alojam 10 mil detentos provisórios – problema que ele classificou de “comum em todo país”. Além da necessidade de investimentos, é preciso repensar todo o sistema prisional brasileiro, que descreveu como ultrapassado e mal gerido, afirmou em entrevista à Globo News.
Numa crítica indireta ao governo de Beto Richa, ele citou como exemplo de má gestão o gasto excessivo com a marmita dos presos. Segundo Ratinho, seu governo já promoveu economia de quase R$ 100 milhões nas refeições das penitenciárias apenas com uma renegociação de contrato. “O fornecedor é o mesmo, a qualidade da comida é a mesma, só fizemos uma renegociação. Então se vê que o dinheiro era mal gasto. Faltava gestão”.
Ratinho não desceu a detalhes sobre como pretende dar continuidade ao projeto iniciado no governo Beto Richa de construir 14 novos presídios para ampliar em 6 mil o número de vagas do sistema e esvaziar as cadeias públicas. Dos 14 previstos, apenas dois estão em fase de finalização, embora o governo federal tenha disponibilizado recursos para a construção de todos.
Ratinho Junior citou problemas de estrutura, da mistura de presos com diferentes graus de crime e do custo acima da média mundial. “Hoje o preso custa no Brasil U$ 1,2 mil por mês. No mundo inteiro o valor é de U$ 1 mil. Estamos gerindo mal o dinheiro e tratando de forma quase desumana esses presos que estão vivendo empoleirados nos presídios.”
Fonte: Contraponto

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