O governador
Ratinho Jr. reconheceu que um dos desafios para melhorar a segurança pública
está em enfrentar com o urgência a superlotação dos presídios paranaenses. Como
as penitenciárias não dão conta de abrigar todos os condenados, as cadeias da
Polícia Civil alojam 10 mil detentos provisórios – problema que ele classificou
de “comum em todo país”. Além da necessidade de investimentos, é preciso
repensar todo o sistema prisional brasileiro, que descreveu como ultrapassado e
mal gerido, afirmou em entrevista à Globo News.
Numa crítica indireta ao governo de Beto
Richa, ele citou como exemplo de má gestão o gasto excessivo com a marmita dos
presos. Segundo Ratinho, seu governo já promoveu economia de quase R$ 100
milhões nas refeições das penitenciárias apenas com uma renegociação de
contrato. “O fornecedor é o mesmo, a qualidade da comida é a mesma, só fizemos
uma renegociação. Então se vê que o dinheiro era mal gasto. Faltava gestão”.
Ratinho não desceu a detalhes sobre como
pretende dar continuidade ao projeto iniciado no governo Beto Richa de
construir 14 novos presídios para ampliar em 6 mil o número de vagas do sistema
e esvaziar as cadeias públicas. Dos 14 previstos, apenas dois estão em fase de
finalização, embora o governo federal tenha disponibilizado recursos para a
construção de todos.
Ratinho Junior citou problemas de
estrutura, da mistura de presos com diferentes graus de crime e do custo acima
da média mundial. “Hoje o preso custa no Brasil U$ 1,2 mil por mês. No mundo
inteiro o valor é de U$ 1 mil. Estamos gerindo mal o dinheiro e tratando de
forma quase desumana esses presos que estão vivendo empoleirados nos
presídios.”
Fonte:
Contraponto
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