Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz |
Em dezembro, Flávio Bolsonaro disse o seguinte sobre o
caso Queiroz: “Não fiz nada de errado, sou o maior interessado em que tudo se
esclareça para ontem”.
Mais: “Eu espero que esse processo, uma vez instaurado, ele se explique. Nada além disso”.
Em janeiro, o mesmo Flávio pediu a suspensão da investigação ao STF, no
que foi atendido pelo ministro Luiz Fux, plantonista na presidência.
Flávio assume a cadeira de senador em fevereiro, mas já recorreu ao
foro privilegiado para acionar a Corte — em recesso, veja só.
Se ele não sabe de nada sobre o ex-assessor, por que age como seu
advogado?
Do que o valente FNB tem medo?
Jair e seus meninos pregaram ao longo da campanha o fim dessa
prerrogativa.
A decisão de Fux é absurda também porque o Supremo já decidiu que
deputados e senadores mantêm foro no Supremo apenas para casos ocorridos no
curso do mandato.
O que Queiroz e, eventualmente, Flávio fizeram foi, obviamente, antes.
A patacoada
desagradou os últimos bolsonaristas iludidos.
Quem conhecia os
Bolsonaros e o Judiciário já não esperava nada.
Em fevereiro, Marco Aurélio irá, provavelmente, cassar a decisão do
colega.
O tiro no pé, no entanto, seguirá provocando estrago.
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