Foto: EBC |
Após o rompimento da barragem em Brumadinho, e três
anos depois da tragédia de Mariana, a preocupação com as barragens retorna de
maneira mais preocupante.
No Paraná
há 461 barragens, destas três são de rejeitos de minério. As barragens
estão localizadas em Figueira, Campo Magro e Adrianópolis, segundo o gerente
regional da Agência Nacional de Mineração Hudson Calefe, somente a de
Adrianópolis tem rejeitos líquidos.
“A
barragem de Figueira é de carvão mineral. Estão terminando a exploração de
minério naquela região. Estamos tirando do circuito de fiscalização porque ela
seca. A de Campo Magro é extração de ouro, que também é seca, o que vem junto
com o ouro é areia. Em Cerro Azul, na região de Adrianópolis, o mineral que
eles tiram é fluorita, que pode fazer tinta, entre outras coisas. Essa barragem
é úmida.
Ainda de
acordo com Calefe, a barragem de Adrianópolis está sob controle.
“Está sob
controle absoluto. Não só nosso, que é obrigatório fazer pela empresa. Eles precisam
registrar sempre que eles contratam e a cada 15 dias eles tem inserir no
programa da Agência Natural da Mineração o controle que eles estão fazendo. A
úmida que temos ali é bem tranquila”, disse.
O gerente
da regional Paraná da Agencia de Mineração explica que ela não representa
perigo, pois não há comunidade residindo no entorno da barragem. “Essa
única úmida que temos, não tem população ao redor, é só a mineradora”.
Hudson
Calefe acredita que apesar de todo o controle realizado pela Agencia Nacional
de Mineração e no Paraná com o auxílio do IAP, mesmo com protocolos rígidos
para concessão e fiscalização, o governo federal deverá rever esses protocolos
em relação as barragens no pais.
“Os
protocolos são super rígidos, mas ainda devem ser revistos. A Agência Nacional
de Brasília precisa rever os protocolos. Não deixar a população perto. A
Agência dá a licença para explorar o minério em conjunto com a licença de
operação do Instituto Ambiental do Paraná”.
De acordo
com a Agencia Nacional de Mineração no Paraná, todo o controle operacional das
barragens no estado é realizado pessoalmente com vistorias, a última foi
realizada em meados de dezembro. Além disso todo o aparato tecnológico
disponível é utilizado para abastecer uma base de dados em Brasília para
monitorar a atividade das barragens.
Fonte:
Paranaportal
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