Em editorial publicado na tarde desta terça-feira 15, dia em
que o presidente Jair Bolsonaro assinou decreto que flexibiliza a posse de
armas, o jornal da família Marinho vai contra a decisão; "Difícil
desmentir a relação entre mais armas e mais mortes", defende o texto, que
define o decreto do governo como "temerário" e uma "aposta
enganosa"
247 - Em editorial publicado na tarde desta
terça-feira 15, dia em que o presidente Jair Bolsonaro assinou decreto que
flexibiliza a posse de armas, o jornal da família Marinho manifesta-se
contra a decisão. "Difícil desmentir a relação entre mais armas e mais
mortes", defende o texto, que contesta ainda o argumento de Bolsonaro de
que a população escolheu de tal forma, com base no plebiscito feito em 2005,
conforme previsto pelo Estatuto do Desarmamento, em que a maioria decidiu pela
manutenção do comércio de armas e munições. "Não é possível
compartilhar com o presidente a certeza de que hoje o resultado da consulta
seria o mesmo", diz o Globo.
"Há
debates apaixonados sobre o maior ou menor acesso a armas. Porém, existem fatos
indiscutíveis. Dois deles: o precário sistema de vigilância de armamentos e a
ausência de mecanismos de monitoramento previstos no Estatuto, jamais
implementados como deveriam. Nada garante que a facilitação da posse terá algum
controle eficaz", aponta outro trecho do editorial.
"Outro
aspecto do problema, além dos enormes riscos de se ter armas em casa —
compreensível em regiões isoladas no interior — , é a constatação de que boa
parte das armas em circulação na bandidagem tem origem legal. Segundo a CPI do
Tráfico de Armas, 86% delas foram adquiridas conforme a lei, e, depois,
desviadas", destaca ainda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário