O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro,
vai escolher um delegado da Polícia Federal para comandar a área de registros
sindicais; o setor saiu do Ministério do Trabalho, que foi extinto, e
incorporado à pasta de Moro; a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, alertou para
o início da criminalização dos sindicatos; "Fim do Ministério do Trabalho
e representação dos trabalhadores vira caso de polícia. Começa a criminalização
do movimento sindical, tarefa que Moro desempenhará com maestria. A conferir se
alcançará as representações funcionais do sistema judiciário e de polícia
também", tuitou
247 - O ministro da
Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, vai escolher um delegado da
Polícia Federal para comandar a área de registros sindicais. O setor saiu do
Ministério do Trabalho, que foi extinto no governo Bolsonaro, e incorporado à
pasta do ex-juiz da Lava Jato. A informação sobre a escolha de um delegado para
a função foi publicada na Coluna do Estadão desta quarta-feira 9.
A
presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), alertou para
o início da perseguição e criminalização do movimento sindical por parte de
Moro e destacou que representação de trabalhadores virou caso de polícia,
situação que lembra a expressão emblemática de Washington Luís, o último
presidente da República Velha: "a questão social é caso de polícia".
"Fim
do Ministério do Trabalho e representação dos trabalhadores vira caso de
polícia. Começa a criminalização do movimento sindical, tarefa que Moro
desempenhará com maestria. A conferir se alcançará as representações funcionais
do sistema judiciário e de polícia também", tuitou Gleisi.
Irregularidades
na autorização de abertura de novos sindicatos já foram investigadas dentro da
Operação Registro Espúrio. Moro nomeou diversos integrantes da Operação Lava
Jato, da Polícia Federal, em sua equipe no Ministério da Justiça.
Durante
sua campanha, Bolsonaro ameaçou perseguir minorias, partidos políticos de
esquerda, como o PT, e movimentos sociais, especialmente o MST e o MTST. Nesta
terça, o novo governo já mandou suspendeu todos os processos em andamento
relacionados à reforma agrária, em mais um ato de clara perseguição
aos sem-terra, a quem já chamou de terroristas. Hoje, o Incra recuou da decisão.
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