sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Funcionária que disparou WhatsApp para Bolsonaro é contratada para o Planalto


Depois de ocupar a função de responsável pela contratação dos disparos pelo WhatsApp na campanha de Jair Bolsonaro (PSL), a funcionária da agência de comunicação AM4, Taíse de Almeira Feijó, foi nomeada para um cargo comissionado na Secretaria-Geral da Presidência, com um salário de R$ 10,3 mil; Taíse será assessora do gabinete de Gustavo Bebbiano, secretário-geral da presidência; o Diário Oficial da União publicou a nomeação; a prática de contratação de disparos por WhatsApp é vedada pela legislação federal e pode ser enquadrada como doação ilegal de empresas
247 - Depois de ocupar a função de responsável pela contratação dos disparos pelo WhatsApp na campanha de Jair Bolsonaro (PSL), a funcionária da agência de comunicação AM4, Taíse de Almeira Feijó, foi nomeada para um cargo comissionado na Secretaria-Geral da Presidência, com um salário de R$ 10,3 mil. Taíse será assessora do gabinete de Gustavo Bebbiano, secretário-geral da presidência. O Diário Oficial da União publicou a nomeação. A prática de contratação de disparos por WhatsApp é vedada pela legislação federal e pode ser enquadrada como doação ilegal de empresas. 
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo relembra o episódio que marcou a campanha eleitoral de Bolsonaro como uma das mais sujas da história: "em 18 de outubro de 2018, a Folha revelou que empresas compraram pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp. A prática é vedada pela legislação eleitoral e pode ser enquadrada como doação ilegal de empresas. O caso é alvo de investigações conduzidas pela Polícia Federal e junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). ​
A matéria ainda destaca que "na época, a reportagem do UOL teve acesso a registros da AM4 no serviço de mensagens chamado Bulk Services, oferecido pela agência Yacows. Os dados do sistema utilizado pela Yacows e pela AM4 mostraram que o conteúdo de mensagens enviadas para a campanha de Jair Bolsonaro foi deletado horas depois da Folha publicar uma reportagem sobre o esquema."
E acrescenta: "uma das mensagens apagadas, segundo a AM4, dizia respeito a pedidos de doação para a campanha do candidato do PSL. O login de usuário para as ações da campanha estava em nome de Taíse, que atuou como gerente de projetos da AM4 por pelo menos oito anos. Em uma das listas de contatos apagadas estavam registrados pouco mais de 8.000 números de telefone."


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