Depois de ocupar a função de responsável pela contratação dos
disparos pelo WhatsApp na campanha de Jair Bolsonaro (PSL), a funcionária da
agência de comunicação AM4, Taíse de Almeira Feijó, foi nomeada para um cargo
comissionado na Secretaria-Geral da Presidência, com um salário de R$ 10,3 mil;
Taíse será assessora do gabinete de Gustavo Bebbiano, secretário-geral da
presidência; o Diário Oficial da União publicou a nomeação; a prática de
contratação de disparos por WhatsApp é vedada pela legislação federal e pode
ser enquadrada como doação ilegal de empresas
247 - Depois de ocupar a
função de responsável pela contratação dos disparos pelo WhatsApp na campanha
de Jair Bolsonaro (PSL), a funcionária da agência de comunicação AM4, Taíse de
Almeira Feijó, foi nomeada para um cargo comissionado na Secretaria-Geral da
Presidência, com um salário de R$ 10,3 mil. Taíse será assessora do gabinete de
Gustavo Bebbiano, secretário-geral da presidência. O Diário Oficial da União
publicou a nomeação. A prática de contratação de disparos por WhatsApp é vedada
pela legislação federal e pode ser enquadrada como doação ilegal de empresas.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo relembra
o episódio que marcou a campanha eleitoral de Bolsonaro como uma das mais sujas
da história: "em 18 de outubro de 2018,
a Folha revelou que empresas compraram pacotes de disparos em massa de
mensagens contra o PT no WhatsApp. A prática é vedada pela legislação eleitoral
e pode ser enquadrada como doação ilegal de empresas. O caso é alvo de
investigações conduzidas pela Polícia Federal e junto ao TSE (Tribunal Superior
Eleitoral).
A
matéria ainda destaca que "na época, a
reportagem do UOL teve acesso a registros da AM4 no serviço de mensagens
chamado Bulk Services, oferecido pela agência Yacows. Os dados do sistema
utilizado pela Yacows e pela AM4 mostraram que o conteúdo de mensagens enviadas
para a campanha de Jair Bolsonaro foi deletado horas depois da Folha publicar
uma reportagem sobre o esquema."
E
acrescenta: "uma das mensagens apagadas, segundo a AM4, dizia respeito a
pedidos de doação para a campanha do candidato do PSL. O login de usuário para
as ações da campanha estava em nome de Taíse, que atuou como gerente de
projetos da AM4 por pelo menos oito anos. Em uma das listas de contatos
apagadas estavam registrados pouco mais de 8.000 números de telefone."
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