Grupo roubou armas e tentou começar
"rebelião" nesta segunda (21), mas a situação foi controlada pelo
governo
Força Armada Nacional Bolivariana impediu ação de militares amotinados / Venezuela al Día |
Um grupo de pelo
menos 14 militares da Guarda Nacional Bolivariana realizou um ataque
contra o Destacamento de Segurança Urbana em Petare, zona leste de Caracas,
capital venezuelana, na madrugada desta segunda-feira (21). Utilizando
dois carros militares na operação, os assaltantes sequestraram dois oficiais e
dois guardas nacionais e roubaram um lote de armas de guerra.
Os
militares foram presos horas depois na Unidade Especial de Segurança de
Waraira Repano, também da Guarda Nacional Bolivariana, no bairro de Cotiza, no
município vizinho de Libertador. Segundo o Ministério
da Defesa, todas as armas foram recuperadas. Os órgãos de inteligência
e a justiça militar estão investigando o caso.
O
Ministério da Defesa atribuiu a responsabilidade da ação à extrema direita da Venezuela e afirmou que se
trata de "traição à instituição". O governo garante, no
entanto, que "todas as unidades operativas, dependências
administrativas e institutos educativos estão funcionando com normalidade
absoluta".
O
presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Diosdado Cabello,
condenou publicamente a ação e classificou os assaltantes como
"traidores da pátria". "Roubaram armas para gerar violência e
insegurança na população", escreveu o deputado em sua página no Twitter.
Depois
que as forças armadas interceptaram os assaltantes, um pequeno grupo de
manifestantes opositores ao governo se concentrou em frente à Guarda
Nacional Bolivariana de Cotiza em apoio aos militares presos. Militantes do
partido Vontade Popular aparecem nas fotos divulgadas
pela imprensa local e estrangeira liderando o ato. Agências de notícias
estrangeiras, como APTN e Reuters, transmitiram
a manifestação ao vivo pela manhã manhã, criando comoção
internacional.
Oposição venezuelana
O
ataque ao quartel acontece dois dias antes de uma marcha que está sendo
convocada por partidos da direita venezuelana, com ampla cobertura dos
meios de comunicação que fazem oposição ao governo de Maduro.
Nos
últimos dias, o novo líder da oposição, o deputado Juan Guaidó, incitou em diversas ocasiões os
militares a se rebelarem contra o governo de Nicolás Maduro. "Hoje,
novamente, estendo a mão às Forças Armadas, em nome da Assembleia
Nacional. Aqui não pedimos que tirem sua farda, pedimos que a honrem e
levantem a voz contra o usurpador", escreveu Guaidó na noite de ontem
(20).
A
deputada da Assembleia Nacional Delsa Solórzano, também opositora do governo de Maduro, saiu em defesa dos militares
presos e pediu anistia para todos.
Fonte:
Brasil de Fato
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